segunda-feira, 4 agosto, 2025

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Jerônimo se reúne com FIEB para tratar de tarifaço dos EUA

Saiba as primeiras medidas da Bahia para mitigar impacto sobretaxa americana

O governador Jerônimo Rodrigues (PT) se reuniu, nesta segunda-feira, 4, com representantes da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), em Salvador, para debater medidas de enfrentamento ao ‘tarifaço’ dos Estados Unidos, que passa a valer a partir da próxima quarta, 6.

Após o encontro, que contou ainda com a presença virtual do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Jerônimo falou sobre os primeiros passos da gestão estadual, em uma articulação que envolve o governo federal e o setor produtivo, que pode ser impactado com a sobretaxa de 50% dos produtos brasileiros exportados.

“Minha primeira movimentação foi articular o setor e dialogar, não só com a FIEB, mas com todos os segmentos produtivos para que nós pudessemos tirar quais seriam as decisões a serem tomadas pelo governo do Estado”, iniciou Jerônimo, que continou.

“Falarei como governardor, mas não quero falar com uma fala desapegada dos setores. Precisamos encontrar uma saída para setores importantes como o de pneus, o de minérios e outros que estão sendo castigados pelo tarifaço. Os principais produtos que foram isentos, não são da nossa pauta de exportação”, explicou o governador.

Estratégia

Jerônimo Rodrigues revelou que o principal objetivo, no momento, é retirar os produtos baianos do tarifaço, trabalhando também com a possibilidade de negociação da redução da aliquota. A estratégia foi debatida no encontro desta segunda, 4.

“Espero que possamos com esse movimento do setor produtivo fortalecer a voz e a palavra do setor da Bahia. O ministro Alckmin, que é o coordenador dessa relação diplomática com a relação comercial com os Estados Unidos, participou da reunião de forma virtual e nos deu um bom alento ao se colocar à disposição para as demandas que foram apresentadas pelo nosso grupo de trabalho. Estarei amanhã em Brasília para a reunião do Conselhão e levarei as demandas da Bahia”, afirmou Jerônimo.

“A nossa principal demanda é retirar todos os produtos que exportamos dessa pauta do tarifaço. E os que não forem retirados, que possamos negociar a redução da aliquota. Esse é o nosso pedido para a diplomacia brasileira”, explicou o governador da Bahia, que disse esperar uma nova posição do governo federal para que ele possa analisar as demandas do setor produtivo e dos atingidos pela medida dos Estados Unidos.

“Vamos aguardar o que conseguiremos do governo federal para que eu possa analisar as demandas do setor produtivo sobre aqueles segmentos que ficarem no tarifaço. O grupo de trabalho continuará apreciando e esperamos, quem sabe nos próximos dez dias, alguma novidade e que consigamos reduzir os produtos ou a alíquota e aí sim ver que tipo de ajuda o governo do estado poderá dar para apoiar os segmentos mais afetados”, finalizou o governador.

FIEB atenta

Também presente na reunião, Carlos Henrique Passos, presidente da FIEB, seguiu a linha do governador ao explicar as primeiras medidas para enfrentar a sobretaxa de até 50% dos produtos baianos exportados para os EUA, o que envolve uma atuação do governo federal na dianteira das negociações.

“Através da troca de informações, nós já sabemos algumas medidas que podem ser adiantas, que é a busca do governo federal de insistir na negociação com o governo americano, na redução das tarifas, no aumento de produtos que serão excluídos dessa tarifa adicional, e também para discutir medidas que são do Brasil, a cargo do governo federal e do governo estadual, medidas que buscam dar para as empresas as condições de atravessar esse momento delicado, pelo aumento do custo de exportação”, afirmou o presidente da FIEB.

“Na essência de todos, há impacto no fluxo de caixa, no nível de produção, e para que a empresa não venha ter como solução a demissão, há a necessidade de medidas que envolvam a relação trabalhista […] As empresas não querem isso, vivemos em um ambiente de desemprego muito baixo”, completou.

Jerônimo Rodrigues e Carlos Henrique Passos durante encontro desta segunda, 4 – 

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