Dureza, permissividade ou o caminho do meio? Qual desses caminhos trilhar para termos filhos saudáveis?
Promulgada em 20 de março de 2024, a Lei 14.826, institui a Parentalidade Positiva e o direito ao brincar como uma das estratégias Intersensórias de prevenção a violência contra a crianças.
Além disso, ela altera a Lei datada de maio de 2022, trazendo mais benefícios para criação e desenvolvimento integral da criança frente a seus cuidadores e/ou familiares.
A parentalidade positiva rejeita tanto a punição quanto a permissividade e pressupõe que a criança pode ter um grau de autonomia e participar da tomada de algumas decisões, dentro do que é adequado para sua idade, do contexto familiar e de limites estabelecidos.
A Especialista em Educação, Graça Gomes, que estuda parentalidade positiva, define essa corrente como o pensamento sobre as relações entre pais e filhos nesta “nova sociedade em que vivemos precisamos fazer que os pais entendam as crianças como indivíduos e tenham respeito mútuo”, diz ela.
“E o afeto conduz todas as nossas ações e reações. Importante a integração familiar com a Instituição de Ensino para entender alguns processos sobre o desenvolvimento infantil e como a parceria sempre traz bons resultados.
Quando nos regemos pelo afeto, tiramos qualquer ponto de violência na relação.
Conduzir o comportamento da criança com firmeza, respeito é colocar essa autoridade sem autoritarismo.”
A ideia é, também, que bater ou castigar as crianças não as ensinará a lidar com os próprios sentimentos ou para terem comportamentos adequados, apenas as educará para terem medo da reação do adulto. Enfraquecendo sua auto-estima.
A busca pela relações saudáveis e construção da autonomia da criança, requer de pais e/ou cuidadores, tempo, comprometimento, escuta e diálogo.
Sabendo da escola ou Instituição de ensino como anda essa criança; nas relações com colegas e demais pessoas da escola, no aprendizado e nas trocas.
Nos dias de hoje, homens e mulheres e outros modelos de familias assumem tarefas fora de casa e conseguem criar os filhos mesmo estando distante fisicamente, mas conectados pelo Amor e Respeito.
Manter relações saudáveis com os filhos requer comunicação aberta, demonstração de amor e apoio incondicional, chamar a atenção sempre que for necessário, além de passar tempo de qualidade juntos ( mesmo que seja pouco) e respeitar suas individualidades. Esses momentos não comportam telas…. Comportam DIÁLOGO, AMOR, CONHECIMENTO, ESCUTA E ENTENDIMENTO!
Evoluir de forma saudável é a base para sermos adultos seguros e levar esse legado positivo para gerações futuras.
Abrangência: A Parentalidade Positiva e o direito ao brincar são politicas de Estado que devem ser observadas em âmbito federal, estadual, distrital e municipal.
Agora é Lei! Como Educadora alegra-me a ideia de Reflexões antes das ações que não sejam positivas e, se for preciso, busquem um Educador Parental. Ela trará as respostas necessárias para equacionar relações harmoniosas em família e em ambientes sociais.
Graça Gomes – @gracinhaagomes
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