Após o senador Jaques Wagner (PT) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), confirmarem que planejam, em 2026, disputar o Senado Federal na chapa que será encabeçada pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT), o futuro político do senador Angelo Coronel (PSD) passou a ser alvo de especulações, e um possível rompimento da aliança do PSD com o PT na Bahia também passou a ser alvo de burburinhos nos bastidores da política.
Em entrevista exclusiva a este Política Livre, o presidente estadual da sigla, senador Otto Alencar, descartou a possiblidade de a parceria “rachar” na Bahia. “Nossa aliança sempre foi sólida, vai ser sólida. Como foi em 2022, e será também em 2026. Eu nunca disse essa frase que pode romper com o PT. Nunca falei isso”, declara Otto.
Ainda segundo o cacique do PSD na Bahia, o que a sigla sempre fala é de uma unidade através de uma aliança entre os partidos, e reitera a tese de que em time que está ganhando não se deve mudar.
“O que nós falamos sempre é da aliança, que vai ter unidade, que nós vamos conversar, como foi em 2022, vai ser em 2026, da melhor forma possível. Tenho um ótimo entendimento com o Wagner, com o Rui, com o Jerônimo, com todo o grupo do Partido dos Trabalhadores. Com o presidente Lula então. Sempre tivemos uma convivência política e de amizade muito grande. Recentemente estive com ele no 2 de Julho, sempre estou com ele em Brasília, portanto, isso não procede absolutamente. Lamentavelmente, as palavras que nós sempre estamos colocando são, às vezes, desvirtuadas de forma incorreta”, acrescenta.
Diante de tanta “especulação”, nos últimos meses chegou a ser “ventilada” a informação que o PSD migraria para a base prefeito Bruno Reis (União Brasil). Em maio deste ano, Otto afirmou a este Política Livre que não existia esta possibilidade, e agora lamentou mais uma vez as “possíveis adivinhações” sobre o destino da sigla e do grupo político ao qual ele faz parte.
“Eu fico até lamentando, porque nunca acertam aquilo que estão dizendo que vai acontecer. Sempre acontece ao contrário. Em 2022 foi a mesma coisa, que o PSD não faria a composição, porque alguns achavam que nós não íamos nos mover por causa de pesquisa. Eu nunca me envolvi por causa de pesquisa, foi assim com o Rui em 2014, ele começou com 5%, nós ganhamos, depois agora com o Jerônimo, da mesma forma. Eu tenho uma formação política e uma maneira de ser que nunca me deu nenhum sentimento de não deixar de ser verdadeiro com meus companheiros, então isso não procede absolutamente”, finaliza.
Crédito Foto: Roque de Sá / Agência Senado