Deputado criticou o ex-presidente e o pastor Silas Malafaia, apontando medo da lei, cumplicidade e ataques à democracia
O indiciamento de Jair Bolsonaro (PL) e as novas revelações da Polícia Federal foram comentados nesta quarta-feira, 21, pelo deputado federal Jorge Solla (PT). Segundo o parlamentar, “as mensagens reveladas pela PF mostram um ex-presidente acuado, cogitando até pedir asilo em outro país para escapar de uma prisão inevitável. É a prova de que, por trás da pose autoritária, sempre existiu o medo de enfrentar a lei”.
Solla também criticou a atuação do pastor Silas Malafaia, que aparece no novo inquérito como cúmplice de Bolsonaro, tentando operar nos bastidores e agora também é investigado. “Não falta companhia nessa farsa.”
“Essa dupla que se dizia defensora da pátria e dos valores cristãos mostra, na prática, que nunca acreditou em democracia nem em Justiça. O povo brasileiro já os condenou nas urnas, e agora é a Justiça que deve fazer sua parte”, afirmou.
Indiciamento de Bolsonaro
A Polícia Federal indiciou o ex-presidente e seu filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), no âmbito da obstrução das investigações da trama golpista que previa um golpe de estado no Brasil após o resultado das eleições de 2022.
O relatório final do órgão foi enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF) na última sexta, 15, e imputa a ambos os crimes de coação no curso do processo e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
A PF investigava Eduardo por conta da sua atuação nos Estados Unidos, onde está desde março alegando “perseguição”, onde articula pedidos de sanção contra o governo e autoridades brasileiras, a exemplo do Tarifaço e da execução da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes.
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