Mais de 10% das pessoas testadas pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS) durante ação em frente à Arena Fonte apresentaram resultado positivo para sífilis. A mobilização, realizada no domingo (5) durante o jogo entre Bahia e Flamengo, marcou o início das atividades do Outubro Verde
Ao todo, foram feitas 308 testagens rápidas em 154 pessoas; 16 testaram positivo para sífilis e 3 para HIV, segundo a SMS. O resultado reforça a importância da busca ativa para identificar casos precocemente, interromper a cadeia de transmissão e garantir tratamento imediato e gratuito.
Testagens e resultados
A testagem em massa permitiu identificar casos que, sem a ação, poderiam seguir assintomáticos e sem tratamento. A sífilis é silenciosa nos estágios iniciais, mas tem cura quando diagnosticada e tratada adequadamente. A transmissão ocorre principalmente por contato sexual desprotegido e também pode ocorrer da mãe para o bebê na gestação (sífilis congênita).
O secretário municipal da Saúde, Rodrigo Alves, destacou a importância da campanha. “O Outubro Verde é um alerta para todos nós. A sífilis é uma infecção que tem cura, mas ainda preocupa pelos números crescentes e pelas consequências graves quando não tratada. É fundamental que as pessoas façam o teste, busquem o tratamento e adotem medidas de prevenção”, afirmou.
Prevenção e distribuição de insumos
Além das testagens, a ação distribuiu mais de 26 mil insumos — preservativos externos (comum, sensi e texturizado), preservativos internos, géis lubrificantes e duchas higiênicas — para estimular o sexo seguro e o autocuidado. “A prevenção é a ferramenta mais eficaz contra as ISTs [Infecções Sexualmente Transmissíveis]. Quando falamos sobre testagem e uso do preservativo, estamos falando sobre saúde, responsabilidade e amor próprio”, acrescenta o titular da SMS.
A SMS lembra que o tratamento é simples, seguro e oferecido gratuitamente em todas as unidades de saúde do município, e reforça a necessidade de acompanhamento pela rede municipal para casos confirmados.
O Outubro Verde, instituído nacionalmente em 2017, tem foco na conscientização sobre sífilis e sífilis congênita, incentivando diagnóstico precoce e tratamento para conter a transmissão. A estratégia de testagem em eventos de grande público tem se mostrado eficaz para alcançar populações que, por barreiras diversas, não acessam testes com facilidade.
A continuidade de ações descentralizadas e a oferta constante de insumos e tratamento são medidas essenciais para reduzir casos e evitar consequências mais graves da sífilis, como a transmissão vertical durante a gestação.