sábado, 11 outubro, 2025

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Cadeira extensora: saiba quais músculos ela trabalha e seus benefícios

*Agência Einstein

A cadeira extensora é um dos aparelhos mais tradicionais das academias e está presente tanto em treinos de iniciantes quanto nos programas de atletas de alto rendimento.

Simples de executar, esse exercício tem papel fundamental no fortalecimento dos músculos das pernas, auxiliando não apenas no ganho de massa muscular, mas também na prevenção de lesões.

Mas, afinal, quais músculos a cadeira extensora ativa, quais os benefícios que ela oferece e como usá-la da melhor forma? Entenda a seguir:

Quais músculos a cadeira extensora trabalha?
A cadeira extensora trabalha de forma isolada o quadríceps femoral. Ele ocupa toda a parte frontal da coxa e é fundamental para movimentos como correr, subir escadas, saltar e levantar-se de uma cadeira.

O quadríceps é composto por quatro músculos que atuam em conjunto:

-Reto femoral: fica na parte central e frontal da coxa, bem visível quando o quadríceps está definido;

-Vasto lateral: localizado na parte externa da coxa, dá largura e volume à perna;

-Vasto medial: fica na parte interna da coxa, logo acima do joelho. Forma uma espécie de desenho em “gota” visto em pernas bem definidas;

-Vasto intermédio: situado abaixo do reto femoral, no centro da coxa, menos visível mas essencial para força;

Todos esses músculos do quadríceps são ativados na cadeira extensora, mas a ênfase varia conforme a amplitude do movimento e a posição do quadril. Porém, quando o assunto é hipertrofia, o reto femoral é o que tem maior destaque.

Esse músculo inicia alongado na posição sentada, recebendo um forte estímulo de alongamento sob tensão, que é altamente eficaz para crescimento muscular. Além disso, ele não é tão exigido em exercícios como agachamento e leg press, tornando a cadeira extensora fundamental para seu desenvolvimento.

Benefícios da cadeira extensora

A cadeira extensora não é apenas um exercício para aumentar o volume da coxa. Seus benefícios vão além da estética e incluem aspectos funcionais e terapêuticos:

-Fortalecimento específico do quadríceps, auxiliando na performance esportiva e no dia a dia;

-Isolamento muscular, favorecendo o trabalho do reto femoral, que não recebe tanta sobrecarga em outros exercícios;

-Prevenção de lesões, especialmente nos joelhos, já que o quadríceps é essencial para estabilizar a articulação;

-Reabilitação ortopédica, sendo amplamente utilizada em protocolos após cirurgias no joelho ou quadril;

-Desenvolvimento de força e hipertrofia, contribuindo para aumento de massa magra e ganho de potência nos membros inferiores;

Além desses pontos, a cadeira extensora é versátil: pode ser ajustada em intensidade, amplitude e cadência, o que permite adaptá-la a diferentes objetivos, de atletas em busca de aumentar a potência até pessoas em fase de reabilitação que precisam retomar gradualmente a força nas pernas.

Também é útil para corrigir desequilíbrios musculares, já que permite aplicar ênfase unilateral (uma perna por vez).

Quem pode se beneficiar

A cadeira extensora é um exercício acessível e eficaz, que pode trazer benefícios para diferentes perfis. Para iniciantes, ela representa uma excelente forma de aprender o movimento de extensão do joelho, ao mesmo tempo em que fortalece a base muscular necessária para evoluir em treinos mais complexos.

Já os atletas encontram nela um aliado para aprimorar a performance em modalidades que exigem potência e explosão nas pernas, como corrida, futebol e ciclismo, pois o quadríceps fortalecido contribui para arrancadas, sprints e mudanças rápidas de direção.

No campo da reabilitação, a cadeira extensora é amplamente utilizada em protocolos fisioterapêuticos, especialmente após lesões ou cirurgias nos joelhos, pois permite controlar intensidade, amplitude e cadência, promovendo um fortalecimento progressivo e seguro da musculatura envolvida na estabilização da articulação.

Por fim, para idosos, o exercício tem uma função essencial: a manutenção da força necessária para atividades simples do dia a dia, como subir escadas, levantar-se de uma cadeira ou caminhar com mais estabilidade. Com isso, reduz o risco de quedas, um dos maiores problemas de saúde pública nessa faixa etária.

Cuidados na execução

Embora seja um exercício seguro, é importante respeitar alguns cuidados para evitar sobrecarga nos joelhos:

-Ajustar corretamente o banco e o apoio do tornozelo;

-Controlar a amplitude do movimento, caso sinta dor ao realizar a extensão;
Usar pesos adequados, progredindo gradualmente;

-Evitar movimentos descontrolados, que aumentam a pressão na articulação.

Ter acompanhamento de um profissional de educação física ou fisioterapeuta é essencial, principalmente em casos de reabilitação ou histórico de problemas articulares.

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