Ao menos dois baianos estão entre os mortos e outros três entre os presos na megaoperação contra a facção Comando Vermelho, deflagrada pelas forças de segurança do Rio de Janeiro na terça-feira (28). O balanço parcial, divulgado até a manhã desta quarta (29), registra 64 mortos, sendo quatro policiais, e 81 prisões.
A ação é considerada a mais letal da história do estado, segundo números do Palácio Guanabara. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), um dos mortos é Júlio Souza Silva, 26 anos, natural de Salvador. Ele já havia sido preso por tráfico de drogas e cumpria pena em regime semiaberto.
De acordo com a TV Bahia, um dos fuzis apreendidos pertencia a Júlio. A arma tinha um emblema da bandeira da Bahia na alça. O nome do segundo baiano morto ainda não foi divulgado.
Em entrevista à emissora, o secretário da SSP-BA, Marcelo Werner, afirmou que o órgão mantém contato com as forças de segurança do Rio para auxiliar na identificação dos presos.
“A gente continua trabalhando de forma integrada para ajudar a polícia do Rio de Janeiro, em especial, na identificação das pessoas que foram alvos da ação realizada hoje”, disse o secretário.
Segundo ele, três suspeitos baianos estão entre os detidos. Entre eles, Marlon Niza Júnior, foragido com mandado de prisão pela morte de um casal em 2021, após uma discussão em um bar, e Rauflan Santos Costa, também procurado por tráfico de drogas. Ambos são de Canavieiras, no extremo sul da Bahia.
Megaoperação no Rio
A operação reuniu cerca de 2.500 agentes das forças de segurança do Rio de Janeiro e faz parte da Operação Contenção, uma ação permanente contra o avanço do Comando Vermelho em territórios fluminenses. Desta vez, as equipes atuaram nos complexos do Alemão e da Penha, na Zona Norte do Rio.
Durante a madrugada desta quarta (29), moradores do Complexo da Penha levaram cerca de 40 corpos até a Praça São Lucas, uma das principais da região. Ainda não há confirmação se esses óbitos já constam no balanço oficial, o que pode elevar o número total de mortos.
Balanço parcial
O levantamento mais recente indica 60 suspeitos mortos, dos quais dois são baianos e um do Espírito Santo.
Nove agentes de segurança foram baleados, com quatro mortos — dois policiais civis e dois militares.
Além disso, três civis inocentes foram atingidos: um homem em situação de rua baleado nas costas, uma mulher ferida dentro de uma academia e um homem atingido em um ferro-velho.
No total, 81 pessoas foram presas, e as forças policiais apreenderam 93 fuzis, duas pistolas e nove motocicletas.

