Cerca de 80% das pessoas diagnosticadas com Doenças Inflamatórias Intestinais (DII) apresentam sintomas como dor abdominal frequente, diarreia por mais de quatro semanas e perda de peso não intencional. A informação é da médica gastroenterologista Genoile Santana, da Cliagen, clínica que integra o Grupo CITA, em Salvador. Segundo ela, ainda podem surgir sangue nas fezes e fístulas, dependendo do quadro clínico.
Atualmente, cerca de 100 mil pessoas no Brasil convivem com DII, número que vem crescendo ao longo dos anos. A Sociedade Brasileira de Coloproctologia estima aumento anual de 15%. Embora possa surgir em qualquer idade, a condição é mais frequente entre 15 e 35 anos. Por isso, Genoile Santana reforça a necessidade de ampliar campanhas de conscientização, capacitação de profissionais e oferta de atendimento especializado.
“As DII são um conjunto de doenças crônicas que causam inflamações persistentes no trato gastrointestinal. As duas formas mais comuns são a Doença de Crohn, que pode afetar qualquer parte do sistema digestivo (da boca ao ânus), e a Retocolite Ulcerativa, que atinge apenas o intestino grosso (cólon e reto). Quando falamos das causas, não há um único motivo específico, mas uma combinação de fatores, como resposta exagerada do sistema imunológico, predisposição genética e fatores ambientais, como alimentação, estresse e tabagismo”, detalha a médica.
Genoile Santana explica que, embora não tenham cura definitiva, as Doenças Inflamatórias Intestinais podem ser controladas. “Mudanças no estilo de vida, sobretudo na alimentação, adoção de hábitos saudáveis, uso de medicamentos que possam reduzir a inflamação e, não menos importante, acompanhamento psicológico”, orienta.
