sexta-feira, 12 setembro, 2025

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Brasil tem 10,9 milhões de jovens que não trabalham nem estudam, diz IBGE

O Brasil tinha, no ano passado, 10,9 milhões de jovens entre 15 e 29 anos que não estudavam e não estavam trabalhando, o que equivale a 23% do total de brasileiros nessa faixa etária. Em 2016, essa proporção era de 21,3%.

Os dados são da pesquisa “Síntese de Indicadores Sociais 2019 – Uma Análise das Condições de Vida da População Brasileira”, divulgada nesta quarta-feira (6) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo aponta que, com esse resultado, o Brasil figura na quinta pior colocação entre 41 países analisados pelo relatório anual da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que tem como média o patamar de 13,2% de jovens que não trabalham e não estudam, os chamados “Nem-Nem”.

O IBGE ressalta que o tópico sobre os “Nem-Nem” tem como escopo analisar o perfil dos jovens que não estudam e não estão ocupados no Brasil, a partir de dados obtidos pelo módulo educação aplicado no segundo trimestre da Pnad Contínua entre 2016 e 2018. A faixa etária entre 15 e 29 anos está em consonância com o Estatuto da Juventude.

A maior incidência de jovens sem trabalho e sem estudo regular era maior no ano passado na faixa de 18 a 24 anos — os chamados “jovens jovens” —, com 27,9%, e no grupo entre 25 e 29 anos, os chamados “jovens adultos”, com 25,9%.

Entre os “jovens adolescentes”, de 15 a 17 anos, o percentual de “Nem-Nem” foi de 7,9% em 2018. Nessa última faixa, 89,6% dos pesquisados estavam estudando. Na faixa seguinte, que corresponde à idade considerada adequada para se iniciar o ensino superior, apenas 38,2% estudavam.

Para o IBGE, a interrupção precoce dos estudos parece aumentar as chances de o jovem de 18 anos se tornar um “Nem-Nem”.

 

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