Os milhares de filhotinhos de caranguejo soltos no mangue foram cultivadas no laboratório da Bahia Pesca, na Fazenda Experimental Oruabo, em Santo Amaro, Bahia.
No Recôncavo Baiano, a ciência está dando uma maozinha à natureza para repovoar o mangue. Em pleno Carnaval, os mangues do distrito de Acupe, em Santo Amaro da Purificação, ganharam mais vida. A Bahia Pesca (empresa vinculada à Secretaria de Agricultura), acaba de realizar o repovoamento de um milhão de megalopas (filhotes de caranguejo na segunda fase de desenvolvimento), nos manguezais da região.
As fêmeas utilizadas para a reprodução foram capturadas no próprio manguezal e foram devolvidas ao habitat natural durante o repovoamento.

O laboratório funciona como um berçário, que facilita o desenvolvimento do caranguejo.
No laboratório, as condições são, inclusive, até melhores que no mangue. O tempo inteiro, há controle de luminosidade, temperatura e uma alimentação reforçada.Todo dia, baldes de comida a base de algas e animais minúsculos. Assim a larva do caranguejo vai crescendo.
Depois de um mês, já dá para ver os pontinhos pretos na água. No microscópio, é possível enxergar o caranguejo já quase formado. Na natureza, de monte de ovos, só um chega a essa fase. No laboratório, a proporção é bem maior.
Vida longa aos novos moradores dos mangues de Santo Amaro da Purificação!