sábado, 21 dezembro, 2024

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“O PSD não abre mão de seu espaço na chapa”

Presidente do PSD na Bahia, o senador Otto Alencar disse que “é importante a presença” da sigla na chapa de Rui Costa, e por isso não abrirá mão de seu espaço

Presidente do PSD na Bahia, o senador Otto Alencar criticou duramente, em entrevista exclusiva à Tribuna, o “desprestígio” que hoje a Bahia tem, segundo ele, com o governo federal. “Para fazer uma comparação do desprestígio que o governo Michel Temer teve com a Bahia, o governo dele deu quatro ministérios para Pernambuco. Alagoas tem dois. Ou seja, dois estados que somados não chegam a metade do PIB da Bahia. Os dois juntos têm seis ministérios. O governo Temer ignorou completamente o estado da Bahia. Marcou Rui Costa não passando quase nenhum recurso, mas o governador conseguiu administrar bem. Portanto, avalio como altamente positivo o governo de Rui Costa. Foi muito discriminado pelo governo Michel Temer”, disse o congressista. Ainda na entrevista, Otto disse que o secretário estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE) e ex-governador da Bahia, Jaques Wagner, é o melhor nome do PT para ser candidato a presidente, se Lula for barrado pela Justiça. “Tem um conhecimento muito grande do Brasil. Tem uma vocação natural para fazer um governo bem voltado para as questões sociais do país. Acho que ele mostrou isso quando foi governador. É um nome que tem condições para ser presidente do Brasil”, avaliou o senador, que também refirmou o espaço do PSD na chapa majoritária de Rui.

Tribuna – Como o senhor observa este começo de pré-campanha na Bahia?

Otto Alencar – Vai ser como todas as eleições. O problema é que no Brasil termina a eleição municipal já começa a estadual. Vai ser uma eleição como todas as outras. A diferença é que o embate hoje começou mais cedo, porque nós temos um governador [Rui Costa] com bom desempenho e um prefeito, que é adversário do governador e se coloca assim.  Colocando-se como adversário, naturalmente o embate fica já programado. É uma coisa que está estabelecida. Mas acho que vai ser uma eleição como todas as outras. Muito debate, muita discussão de projetos e planos e, às vezes, algum tensionamento. Mas nada fora do normal.

Tribuna – Como avalia o governo de Rui Costa? Ele chega fortalecido nesta eleição?

Otto Alencar – Acho que nenhum baiano, que assumisse o governo neste período de crise, faria melhor do que o governador Rui Costa. Tem feito um trabalho muito bom. Se comparar o governo da Bahia com de outros estados, vai ver que a Bahia está bem organizada, administrada, em um período de crise, de queda de arrecadação e com um governo federal, que marca todos os pontos aqui do estado. O presidente Michel Temer e seus ministros tomaram posição contra o governo da Bahia. Fechamos todos os caminhos de recursos federais para o nosso estado. Para fazer uma comparação do desprestígio que o governo Michel Temer teve com a Bahia, o governo dele deu quatro ministérios para Pernambuco. Alagoas tem dois. Ou seja, dois estados que somados não chegam à metade do PIB da Bahia. Os dois juntos têm seis ministérios. O governo Temer ignorou completamente o estado da Bahia. Marcou Rui Costa não passando quase nenhum recurso, mas o governador conseguiu administrar bem. Portanto, avalio como altamente positivo o governo de Rui Costa. Foi muito discriminado pelo governo Michel Temer.

Tribuna – Qual o principal erro e acerto do governo de Rui Costa nestes três anos e meio?

Otto Alencar – Eu não vi erros. Eu acho que tem acerto em todos os setores. Se teve algum problema no governo, foi que nós perdemos o apoio do governo federal, quando a presidente Dilma Rousseff saiu, e a partir daí foi um cerco político e administrativo. Nunca vi isso na história do nosso estado.

Tribuna – Qual o maior legado que Rui Costa vai deixar na primeira gestão dele?

Otto Alencar – Não posso responder agora. Só depois quando ele completar o mandato. Não posso dizer agora qual vai ser o legado que ele deixará.

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