Os manifestantes disseram que o ato não se tratava de um protesto contra as restrições sanitárias, mas sim uma reivindicação à prefeitura para que o setor fosse ouvido e pudesse propor diferentes ações que julgam mais eficientes no combate às aglomerações vistas nos bairros. O principal motivo para que os comerciantes e funcionários solicitem o diálogo é o faturamento dos bares e restaurantes. De acordo com eles, é justamente depois das 17h, na sexta, sábado e domingo, que está a maior parte da arrecadação desses espaços. É o caso do restaurante Casa de Tereza, localizado no Rio Vermelho, da chef Tereza Paim. Para ela, não dá para ter um faturamento mínimo com as restrições. “No nosso restaurante, 70% do faturamento de toda semana vem exatamente desses horários dos três dias com restrição. Por isso, a gente está tentando um diálogo com a Prefeitura. É uma restrição que nos prejudica, que inviabiliza nossas receitas”, explica.
Segundo o empresário Ricardo Silva, proprietário do bar e pizzaria Pi.zza, que também fica no Rio Vermelho, o prejuízo para ele é ainda maior. Silva justifica isso pela natureza do funcionamento do seu estabelecimento. “Nós somos um local que não funciona durante o dia, que tradicionalmente abre à noite porque o nosso cliente vem pra cá nesse horário e não em outro. Para nós, os dias e horários que foram restritos significam 80% de todo orçamento semanal. Sem ele, como você paga funcionário? Como paga as despesas? A conta não fecha”, diz.(Correio)