“Confesso que ontem fiquei duplamente perplexo: de um lado como prefeito; do outro lado, como cidadão. Considero que as declarações do presidente são lamentáveis e inaceitáveis. Nós temos feito um esforço absurdo, prefeitos e governadores em todo o Brasil, para adotar medidas de restrição do fluxo de pessoas nas ruas”, disse o prefeito.
ACM Neto, que é presidente nacional do DEM – partido do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta – disse que ainda não conversou com o ministro. “Não falei com o ministro da Saúde depois do pronunciamento do presidente da República exatamente para hoje não responder por ele a vocês e para poder ter a liberdade de falar o que penso, como cidadão e como prefeito da nossa cidade”.
Questionado se o ministro vai seguir a orientação de Bolsonao de isolamento vertical, o prefeito afirmou: “Não creio que ele vai voltar atrás dessa posição dele, que é responsável e equilibrada. Ele é médico e tem noção exata. Não acho que vá voltar atrás. Mas só quem pode responder é ele mesmo”.
Sobre os impactos que as medidas restritivas trarão à economia, o prefeito afirmou que o mais importante no momento é salvar vidas. “Nós sabemos o impacto que todas essas medidas têm na economia. No entanto, desde a primeira medida que eu anunciei, eu disse que, se todo esse sacrifício tiver, ao fim, o significado de salvar a vida de uma pessoa, já terá valido a pena”, disse.