quarta-feira, 16 outubro, 2024

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Aleluia: ‘Há uma fadiga de material do PT na Bahia’

Segundo o democrata, o eleitorado terá que escolher se quer continuar com as “dificuldades” da administração petista ou se deseja seguir um novo caminho

Presidente do DEM da Bahia, o deputado federal José Carlos Aleluia disse que a eleição deste ano será uma avaliação do governo de Rui Costa, que tentará a reeleição. Segundo o democrata, o eleitorado terá que escolher se quer continuar com as “dificuldades” da administração petista ou se deseja seguir um novo caminho. “As pessoas vão olhar e perguntar: estou satisfeito de ver a Bahia como o estado que mais mata de forma violenta pessoas, sobretudo, jovens, porque a segurança pública é um fracasso? Semana retrasada, um banco dentro de um shopping Center foi assalto. Sequestro, explosão de bancos, assaltos a cidades, completo descontrole. A educação estagnou. Os resultados da Bahia nas provas de educação são vergonhas. Há uma fadiga de material do PT baiano. É uma fratura exposta o governo de Rui Costa”, atacou, em entrevista exclusiva a Tribuna. Aleluia garantiu que o prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), será o candidato da oposição ao Palácio de Ondina. “Com base nos números, nas estáticas, nos levantamentos, nas pesquisas, eu digo: a chance dele não ser candidato é zero”, frisou. Aleluia falou ainda sobre a composição da chapa oposicionista e sobre os aliados de Rui que podem migrar para a base de Neto. O presidente do Democratas na Bahia fala também sobre a prisão do ex-ministro Geddel Vieira Lima. Questionado se a aliança do DEM com o MDB vai causar incomodo para o prefeito na campanha, ele diz que “quem tem que responder por isso (denúncias) é o Geddel. A informação que temos sobre isso é o que todo mundo tem no jornal. É uma questão que está com a polícia, com a Justiça e não nos pertence”, enfatizou.

Tribuna – Como o senhor observa essa fase pré-eleitoral? Há o indicativo de que a eleição será tensa?

José Carlos Aleluia – Essa é uma eleição muito importante para o destino do país. Nós estávamos caminhando na direção de uma crise semelhante a da Venezuela, onde o ditador [Nicolás Maduro] orientou nesta semana o povo a criar galinha por causa da falta de comida, mas interrompemos esse processo. Então, o país precisa entrar em um novo momento, e a eleição vai decidir isso.

Tribuna – O prefeito ACM Neto será mesmo candidato ao governo da Bahia?

Aleluia – Eu, como engenheiro, não uso bola de cristal. Com base nos números, nas estáticas, nos levantamentos, nas pesquisas, eu digo: a chance dele não ser candidato é zero.

Tribuna – Qual é a chapa ideal na sua visão?

Aleluia – Eu prefiro que esse assunto seja discutido de forma tranquila. A decisão de ACM Neto tem que acontecer até o início de abril, porque há uma incoerência da legislação brasileira que obriga que o prefeito saia do cargo para disputar o governo, mas permite que o governador, que governa todas as cidades, continue. Então, ACM Neto terá que tomar a decisão e se desincompatibilizar. A chapa terá que ser costurada e, para isso, acontecerão diversas conversas. Ele vai ter liberdade para negociar isso [a chapa] e liderar essa negociação.

Tribuna – Como o senhor observa as críticas de aliados do governo de que faltam nomes com densidade eleitoral para compor a eventual chapa de ACM Neto?

Aleluia – Eles precisam de um espelho. O nome que o governador tem com alguma densidade eleitoral atravessa uma crise junto ao Poder Judiciário.

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