Diante da falta de remédios e com UTIs lotadas, governadores relatam preços extorsivos e “chantagens” de vendedores de insumos. Fazem um apelo final para que a Saúde assume sua responsabilidade com uma compra coletiva, mas já se fala em judicialização. A flutuação de preços nos respiradores no começo da pandemia levou a operações da Polícia Federal em vários Estados.
O governador da Bahia, Rui Costa (PT), orientou o procurador-geral do Estado a entrar com uma ação no STF para obrigar Bolsonaro a centralizar as compras e fazer as requisições necessárias.
Segundo relatou à Coluna, contratos de fornecimento de remédios fechados no ano passado, por exemplo, há casos de empresários que chegam agora pedindo “reequilíbrio econômico”. Ou seja, no auge da pandemia, um reajuste de preço. “É uma chantagem sem precedentes”, disse Costa.
O coordenador da covid-19 no Fórum dos Governadores, Wellington Dias (PT-PI) espera um encontro virtual com o novo ministro para tratar do assunto.
“Nossa esperança é que ele possa atender nosso pleito e também dos municípios. Caso contrário vamos ter que agir. Situação muito delicada e insegurança pela elevação de preços”, disse.
No Sul também, onde a situação é bastante grave, os Estados se reuniram para fazer compras coletivas. Os governadores do Rio Grande do Sul, Paraná e Santa Catarina anunciaram nesta semana que vão passar a fazer aquisições centralizadas de insumos, EPIs e cilindros de oxigênio.