O avanço das plataformas digitais, como Airbnb e Booking, transformou o mercado de aluguel por temporada no Brasil. O que antes era uma renda extra agora se consolida como profissão, atraindo quem busca autonomia, flexibilidade e alto retorno financeiro. Nesse novo cenário, o anfitrião de aluguel se destaca como o profissional responsável por gerenciar todo o processo de hospedagem, do anúncio ao check-out.
Segundo Bruno Benetti, COO da Seazone – maior gestora de imóveis de aluguel por temporada do país –, os anfitriões parceiros da empresa podem faturar entre R$ 15 mil e R$ 40 mil por mês, dependendo do número de imóveis sob sua administração.
“A profissão de anfitrião já se configura como uma carreira consolidada, com cursos, redes de apoio e ferramentas tecnológicas. Hoje, ele precisa dominar precificação dinâmica, marketing digital, fotografia, atendimento e logística de manutenção”, explica Benetti.
Ele ressalta que a função atrai profissionais de diferentes áreas que abandonam rotinas corporativas para administrar imóveis, seja como proprietários, seja como gestores terceirizados. “A figura do anfitrião não é mais amadora”, reforça.
Transição de carreira e novas oportunidades
O soteropolitano Matias Trindade é um dos exemplos dessa mudança. Vendedor por formação e experiência, ele decidiu trocar o emprego formal pelo mercado de aluguel por temporada. “Minha família me motivou nessa decisão. O que mais me estimulou foi a rotina dinâmica dessa profissão. Cada hóspede tem sua história e suas solicitações específicas. Isso me faz sentir útil e desafiado todos os dias”, conta.
Antes, Matias ganhava entre R$ 4 mil e R$ 8 mil mensais. Agora, como anfitrião, afirma que o retorno é ainda maior. Para quem pensa em seguir o mesmo caminho, deixa um conselho direto: “Se você tem força de vontade, prazer em servir, paciência e proatividade, essa é uma das profissões mais prazerosas”.
Outra trajetória inspiradora é a de Roberta Costa, também de Salvador, que trocou o serviço público pela gestão de imóveis de temporada na Seazone, conciliando o trabalho com suas atividades como corretora de imóveis e de seguros. “Eu estava precisando de uma profissão que associasse com essas duas áreas. Conheci a plataforma por meio da minha sogra, que já era franqueada. Comecei com um imóvel indicado pela Seazone e depois fui prospectando outros. É um negócio corrido e desafiador, mas vale a pena”, enfatiza.
