quinta-feira, 31 julho, 2025

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Antes do acarajé, Rio já tentou se ‘apropriar’ de ícones da Bahia; veja lista

Do samba a Gilberto Gil, cariocas perderam ‘réu primário’ há séculos

Quando a Mangueira entrou – lá ele – na Avenida em 2023, o enredo tratava da Bahia, Estação Primeira do Brasil. As moças rodando saia? Baianas, é claro. Até o ritmo puxado pelos tambores e pandeiros fora forjado com dendê no Recôncavo. A transmissão global, no entanto, garantia: era o ‘Carnaval Carioca’.

A carioquização de elementos da baianidade já vem de outros carnavais e voltou à tona nesta semana quando o Rio de Janeiro transformou o acarajé em patrimônio cultural deles.

Antes, um esclarecimento. Receber tal honraria no Rio não impede que nosso bolinho de feijão frito no dendê receba o mesmo título em outro lugar. O acarajé, inclusive, é patrimônio cultural de Salvador desde 2002.

Mas a gangue do ‘S’ chiado perdeu o reú primário há séculos e todo cuidado é pouco para que eles não busquem patentear outro símbolo baiano. Relembre o histórico:

Erro capital

Buenos Aires? São Paulo? New York? Que nada. A grande metrópole das Américas nos séculos XVI e XVII era Salvador, capital da então colônia portuguesa. O trono só deixou de ser soteropolitano quando em 1763 o poder saiu do Palácio Rio Branco para terras cariocas.

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