Toda a energia consumida pelos escritórios e pelas lojas da Apple – uma das maiores empresas de tecnologia do mundo – é proveniente de fontes renováveis, como solar e eólica, de acordo com anúncio divulgado pela multinacional na segunda semana de abril.
“Esta conquista inclui lojas varejistas, escritórios, data centers, e unidades compartilhadas em 43 países — incluindo Estados Unidos, Reino Unido, China e Índia”, informou a empresa em comunicado. “Toda loja da Apple, todo data center, todo escritório corporativo da empresa — em todo lugar — é agora suprido com energia 100% renovável”, confirmou o CEO da companhia americana, Tim Cook, em postagem em sua conta na rede social Twitter.
A empresa também destacou que 23 dos fornecedores da Apple estão comprometidos com a produção de produtos da marca com energia limpa. Além disso, a companhia também explica que, desde 2014, todos os seus data centers já eram alimentados por energia renovável.
“Sabemos que o futuro depende disto”, ressaltou Cook por meio do comunicado.
Ao todo, 25 projetos da companhia espalhados pelo mundo têm, juntos, uma capacidade de geração de 626 megawatts — dos quais 286 megawatts com origem em painéis solares. Segundo a Apple, as iniciativas já ajudaram a reduzir em 54% a emissão de dióxido de carbono (CO²), o gás de efeito estufa mais abundante, em suas instalações.
No Apple Park, por exemplo, sede da empresa em Cupertino, nos Estados Unidos, há painéis solares no teto que captam a energia a ser utilizada em todo o prédio. Também há produção por meio de biogás, e um sistema de armazenamento que devolve à rede pública o que não é consumido.
Para evidenciar ainda mais seu comprometimento com a sustentabilidade, a empresa – uma das marcas mais valiosas do mundo -, na primeira semana de abril, posicionou-se publicamente de forma contrária a revogação do plano de energia limpa dos Estados Unidos — uma possibilidade desde que Donald Trump assumiu a Casa Branca.
Relatório do Greenpeace
O bom desempenho da Apple em sustentabilidade pode ser atestado no Guide to Greener Electronics (Guia para Eletrônicos Mais Verdes), relatório do Greenpeace publicado no ano passado, o qual classifica as práticas ambientais de 17 grandes empresas do setor. Segundo o documento, a Apple ganhou nota “A” em esforços envolvendo energia renovável, “B” pelo uso de produtos químicos perigosos e “C” para consumo de recursos.
Em relação ao que ainda precisa melhorar, contudo, foi citada a “obsolescência planejada como um recurso de design”, o que significa dizer que a Apple – assim como outras empresas do setor como Microsoft e Samsung – estariam entre as que “estão indo em uma direção errada” quanto ao design de produtos sustentáveis. Nessa avaliação, HP, Dell e Fairphone foram aprovadas por criar aparelhos mais reparáveis e com componentes facilmente atualizáveis.
Para ler o relatório completo, em inglês, clique aqui