Esquadrão sai atrás, vira ainda no primeiro tempo, mas sofre empate no fim; nas cobranças, levou a melhor por 6×5 e garantiu a classificação
O sonho do título inédito da Copa do Brasil segue vivo para o Bahia. E a classificação à terceira fase, na noite desta terça-feira (12), veio no sufoco. Depois de sair atrás no placar contra o Caxias e conseguir a virada no estádio Centenário, em Caxias do Sul, o Esquadrão sofreu gol no finzinho e viu a decisão da vaga ir para os pênaltis. Mas o tricolor foi superior nas cobranças: levou a melhor por 6×5 e avançou no mata-mata nacional.
O time gaúcho fez o 1×0 graças a um gol contra de Caio Alexandre, ainda aos 4 minutos. O Bahia tratou de virar ainda no primeiro tempo, com Cauly e Thaciano, mas levou o empate aos 43 do segundo tempo, com Robinho. Nas penalidades, Santiago Arias e Yago Felipe erraram, enquanto Everaldo, Luciano Juba, Cauly, Biel, Everton Ribeiro e Cuesta converteram. Do outro lado, Marcelo, Robinho e Denílson desperdiçaram, e o Esquadrão saiu com a vaga.
Além de garantir a permanência tricolor na Copa do Brasil, o duelo entrou para a história do clube – e do futebol brasileiro. Ao balançar as redes diante do time grená, Thaciano se tornou o autor do gol de número 10 mil do Bahia. A classificação à próxima fase ainda rendeu à equipe R$ 2,205 milhões de premiação.
O Esquadrão agora muda a chave, e volta suas atenções para outro confronto decisivo: as semifinais do Campeonato Baiano. O reencontro com o Jequié será no sábado (16), às 16h, na Arena Fonte Nova. Após ganhar a partida de ida por 1×0, o tricolor joga por qualquer empate para avançar à decisão estadual.
O jogo
Depois de usar uma equipe reserva no último compromisso, o técnico Rogério Ceni mandou a campo a força máxima disponível. Sem Ryan e Cicinho, o comandante optou por Rezende para a lateral esquerda, deixando Juba no banco. Já no ataque, Everaldo apareceu ao lado de Thaciano.
Dono da casa, o Caxias conseguiu o 1×0 ainda aos 4 minutos, na bola parada. Em cobrança de escanteio, Marcelo mandou na marca do pênalti, a bola bateu em Caio Alexandre e foi direto para o fundo das redes.
Apesar da desatenção inicial, o Esquadrão logo se organizou. Tomou conta da partida e passou a se impor tecnicamente, com boas oportunidades de marcar. Em uma delas, Everaldo ajeitou para a chegada de Everton Ribeiro, que chutou de longe. Mas o camisa 10 mandou alto demais, sem perigo.
Soberano em campo, o tricolor não demorou muito para empatar. Depois de receber ótimo passe de Cuesta, Cauly cortou para a direita e bateu de fora da área para deixar tudo igual no marcador: 1×1, aos 19 minutos.
O Bahia não se conteve com a igualdade, e queria seu segundo gol ainda no primeiro tempo. Aos 30, Arias cruzou no segundo poste para Jean Lucas, mas o volante cabeceou fraco e Marcelo bloqueou. Pouco depois, Everaldo recebeu de Cauly, dominou e finalizou para o gol. Só que Denilson, de carrinho, desviou, e a redonda ficou com o goleiro Fabian Volpi.
Coube a Thaciano assinalar não só a virada tricolor, como um gol histórico para o clube. Na frente da área, Everton Ribeiro descolou lindo passe para Everaldo, que cruzou para trás. O camisa 16 estava livre na área, no momento certo, para receber e bater para o fundo da rede: 2×1 e gol de número 10 mil do Bahia.
Sem querer dar chance ao azar, o Esquadrão voltou para o segundo tempo querendo mais. Ainda no primeiro minuto, Cauly recebeu na área, mas não conseguiu dominar, finalizou fraco e a bola foi nas mãos do goleiro Fabian Volpi. Na sequência, foi a vez de Everaldo tentar, também sem sucesso.
Outra grande chance veio com Thaciano, impedida graças a uma defesaça de Fabian Volpi. Em um contra-ataque, Cauly inverteu um bolão para o meia, que, totalmente livre, ficou na cara do gol e bateu, mas o arqueiro grená salvou com o braço direito. Aos 24, mais uma oportunidade criada pelo camisa 8: Cauly tabelou com Everaldo e tocou na medida para Jean Lucas. Ele finalizou buscando o canto, mas Denilson desviou.
Já no finzinho, a máxima de ‘quem não faz, leva’ tomou conta. Depois de várias chances de definir o placar, o Bahia viu o Caxias balançar as redes. Dudu Mandai cruzou na medida, Robinho subiu mais que a marcação e cabeceou para empatar no Centenário, aos 43 minutos. A definição da vaga, então, ia para os pênaltis.
Nas cobranças, Marcelo errou a primeira para o Caxias, acertando o travessão, enquanto Everaldo converteu para o Bahia. Na sequência, Marcos Felipe defendeu de perna direita a cobrança de Robinho, e Arias isolou seu chute. Dudu Mandai, Luciano Juba e Vitor Feijão fizeram, até que Yago Felipe parou em defesa de Fabian Volpi, empatando para o grená.
As cobranças seguintes tiveram acertos de Álvaro, Cauly, David Lustosa, Biel, Pedro Cuiabá e Everton Ribeiro. Mas Denílson errou e recolocou o Esquadrão à frente. Para finalizar, Cuesta acertou e deu a classificação ao tricolor.
FICHA TÉCNICA
Caxias 2 (5×6) 2 Bahia – segunda fase da Copa do Brasil
Caxias: Fabian Volpi, Marcelo, Denílson, Cézar Henrique e Dudu Mandai; Barba (Pedro Cuiabá), Elyeser (Álvaro), Emerson Martins (Robinho) e Tomas Bastos (David Lustosa); Gabriel Silva (Geilson) e Vitor Feijão. Técnico: Argel Fuchs.
Bahia: Marcos Felipe, Santiago Arias, Kanu, Cuesta e Rezende (Luciano Juba); Caio Alexandre (Yago Felipe), Jean Lucas, Everton Ribeiro e Cauly; Thaciano (Biel) e Everaldo. Técnico: Rogério Ceni.
Local: estádio Centenário, em Caxias do Sul
Gols: Caio Alexandre (contra), aos 4 minutos, Cauly, aos 19 minutos, Thaciano, aos 40 minutos do primeiro tempo; Robinho, aos 43 minutos do segundo tempo;
Cartões amarelos: Vitor Feijão, Marcelo e Robinho, do Caxias; Kanu, Santiago Arias, Marcos Felipe, Caio Alexandre e Rezende, do Bahia;
Arbitragem: Flávio Rodrigues de Souza, auxiliado por Luiz Alberto Andrini Nogueira e Miguel Cataneo Ribeiro da Costa (trio de SP);