A Bahia é 2° estado com o maior índice de jovens assassinados, aponta o Atlas da Violência 2020 publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) nesta terça-feira, 31. Entre 2018 e 2019, a região apresentou uma taxa de 97 óbitos de adolescentes e adultos entre 15 e 29 anos a cada grupo de 100 mil, perdendo somente para o Amapá, com 101,8 mortes.
A taxa é mais que o dobro da média no Brasil, que é de 45,8 mortes por cada grupo de 100 mil. Somente em 2019, foram 3.599 assassinatos de jovens registrados. No ano anterior, foram contabilizadas 4.141 mortes de pessoas com essa faixa de idade.
Desde 2017, contudo, há um sinal de redução no índice. De 2018 para 2019, o número absoluto de homicídios de jovens no Brasil caiu 24,3%. O mesmo aconteceu com os óbitos da faixa etária entre 20 e 24 anos que, em 2018, representavam 45,8% do total de mortes nessa faixa etária e caíram para 38% no ano seguinte.
A tendência foi observada em todos os estados no país, exceto no Amazonas, que, pelo contrário, viu a taxa de letalidade juvenil variar 6,9% positivamente.
Apesar de ainda ser o segundo estado mais perigoso para os jovens, a Bahia seguiu o restante do país e teve uma queda de 12,9% na taxa de homicídios por 100 mil habitantes desta faixa etária, junto com o Distrito Federal, e acima de São Paulo, Espírito Santos e do Amazonas.
O relatório destaca que a redução ainda é insuficiente e que a perda de milhares de jovens todos os dias para a violência dá pouca esperança de uma mudança consistente em um futuro próximo.