O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou mais de R$ 422 milhões do programa Agora Tem Especialistas para ampliar ações de média e alta complexidade na Bahia, incluindo serviços oncológicos. A medida inclui novos investimentos, expansão de unidades e fortalecimento da produção nacional de medicamentos.
Durante agenda em Vitória da Conquista, Padilha confirmou a inauguração de um serviço de radioterapia, considerado essencial para garantir tratamento no tempo adequado. O ministro também anunciou a expansão dos serviços das Obras Sociais Irmã Dulce, além de novas Parcerias para o Desenvolvimento Produtivo (PDPs) e o repasse de R$ 25 milhões ao laboratório público Bahiafarma. Os novos recursos vão viabilizar a produção de medicamentos usados em tratamentos oncológicos, doenças raras e degeneração macular.
Em Lauro de Freitas, na inauguração do Hospital Estadual Costa dos Coqueiros, Padilha destacou o avanço da Bahia como referência no cuidado oncológico. “Eu poderia estar em qualquer lugar do Brasil hoje, mas escolhi estar na Bahia porque o presidente Lula reconhece que o governo do estado está realizando a maior transformação do país no cuidado diagnóstico e no tratamento do câncer. Quando a pessoa faz os exames — mesmo sem sentir nada — e recebe um diagnóstico precoce, é possível vencer o câncer”, afirmou.
O ministro reforçou que o governo federal atua com o estado para abrir novos hospitais e interiorizar o acesso especializado, com médicos, equipamentos modernos e oferta de cirurgia e radioterapia. “Nós vamos erradicar o câncer de colo de útero no Brasil”, disse.
Dos recursos anunciados, R$ 352,2 milhões serão destinados ao incremento do Teto MAC, beneficiando diretamente 26 Policlínicas Regionais de Saúde que atendem 416 municípios, além da Unacon de Caetité e cinco hospitais: Ortopédico da Bahia (HOEB), Monte Serrat, Senhor do Bonfim, Hospital das Clínicas de Alagoinhas (HCA) e Costa dos Coqueiros.
Soberania sanitária
O ministério também chegou a 31 PDPs após anunciar 24 novas parcerias. A Bahia, por meio da Bahiafarma, será responsável por quatro biológicos: Eculizumabe, Bevacizumabe, Nivolumab e Pertuzumabe. Juntas, todas as PDPs movimentarão mais de R$ 5,5 bilhões anuais para compra de medicamentos, vacinas e dispositivos produzidos por laboratórios nacionais.
“Estamos destinando R$ 25 milhões adicionais para obras e equipamentos para a Bahiafarma produzir medicamentos modernos para o tratamento do câncer. O paciente do SUS terá a segurança de que vai ter acesso a estes medicamentos (…) produzidos nacionalmente aqui, na Bahia”, completou Padilha, ao afirmar que o país reduzirá riscos de desabastecimento por crises internacionais ou recusa de indústrias estrangeiras.
Ainda em Salvador, o ministro participou da inauguração do novo prédio de Oncologia do Hospital Aristides Maltez, que receberá R$ 24 milhões adicionais, de forma permanente, para ampliar em mais de 30% a oferta de atendimentos oncológicos no estado.
