domingo, 8 dezembro, 2024

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Bahia tem 137 cidades com decretos de emergência

União reconhece problemas causados por seca, estiagem e temporais em várias regiões

Por estiagem/seca e tempestades, a Bahia está com 149 reconhecimentos de situação de emergência por parte do Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional. Os decretos alcançam 137 municípios, considerando que alguns têm dois decretos em vigor no momento. No Estado, a Superintendência de Proteção e Defesa Civil (Sudec) homologou 94 decretos por seca/estiagem e 23 por chuvas fortes que geraram prejuízos.

O reconhecimento significa para os municípios que eles estão aptos a solicitar recursos dos governos federal e estadual, dependendo de cada caso, para ações de defesa civil, como assistência humanitária, reconstrução de infraestruturas e restabelecimento de serviços essenciais.

Através da União, são 116 decretos municipais reconhecidos por estiagem (redução drástica ou ausência de chuvas por determinado tempo). Em 12 deles, vigoram também decretos reconhecidos por tempestades, a exemplo de Anagé, Jequié, Itaju do Colônia, Itororó, Contendas do Sincorá, Maiquinique, Pedro Alexandre, Quijingue, Caetité, Lagoa Real e Paulo Afonso.

Em comum, o fato de todos os atingidos por estiagem e por seca – forma crônica e prolongada de estiagem – estarem situados na região de clima semiárido da Bahia, que, de acordo com estudo divulgado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), alcança 85,6% de todo o território.

Dos 417 municípios do Estado, 287 estão nesta érea que historicamente é menos chuvosa e, em 2022, contava com uma população total de 7,5 milhões de baianos, representando metade do contingente estadual. Atualmente, são atendidos pela Operação Carro Pipa (OCP Federal) cerca de 370 mil pessoas em 59 municípios da Bahia, onde a situação de seca é mais crítica.

Em Muquém do São Francisco, na região do Vale São-Franciscano da Bahia, estão vigorando dois decretos com reconhecimento federal – por estiagem, até o dia 4 de junho deste ano, e por chuvas fortes/tempestade, em vigor até 25 de julho. Ribeirinho do Rio São Francisco, o município está em plena região semiárida e tem decretos homologados também pelo Estado por estiagem e chuvas.

De acordo com o produtor rural Clóvis Brandão, as dificuldades dos moradores da zona rural do município tem sido muitas. “Por aqui, já chove pouco em ano normal e ultimamente está chovendo menos ainda. Dá pena ver a terra seca, sem produzir nada e deixando as famílias com fome”, lamentou, acrescentando que em janeiro deste ano veio a chuva. “Parecia que o mundo ia se acabar em água. Aí foi demais, de uma só vez”, enfatizou.

Alerta de chuva

O Centro Virtual para avisos de eventos meteorológicos severos (Alert AS) do Instituto Nacional de Meteorologia indica para hoje, em praticamente todo território baiano, o Alerta Amarelo (mais fraco) para tempestades.

No entanto, o Alerta está Laranja (segundo na escala de perigo) em regiões como o extremo norte, perto da divisa com Piauí e Pernambuco, e no Sudeste, na faixa baiana perto da divisa com Minas Gerais.

Também a previsão do tempo do Departamento de Meteorologia do Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) indica para hoje instabilidade em quase todas as regiões do estado da Bahia, com previsão de chuvas fracas a moderadas. A tendência é de intensificação das precipitações a partir de amanhã.

A situação de seca é mais crítica em 59 municípios baianos, onde cerca de 370 mil pessoas recebem carros-pipa – 

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