Com a camisa 10 nas costas, Raphinha abriu o placar para o Brasil; Segovia empatou para a Vinho Tinto
Em mais um jogo com desempenho abaixo coletivamente, Brasil e Venezuela empataram por 1×1 nesta quinta-feira (14), em partida válida pela 11ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas. Em cobrança de falta, o novo camisa 10 Raphinha até abriu o placar na primeira etapa, mas Segovia empatou o jogo com 40 segundos do segundo tempo.
Com o resultado, o Brasil chegou aos 17 pontos, ocupando momentaneamente a terceira colocação da competição. No entanto, a Amarelinha ainda pode ser superada com o decorrer da rodada. Mesmo caindo posições, a Seleção Brasileira não se deixar abater, já que enfrenta o Uruguai na próxima terça-feira (19). Em terras baianas, a Arena Fonte Nova vai receber o confronto das Eliminatórias a partir das 21h45.
O JOGO
Quando a bola rolou em Maturín pela primeira vez, quem sintonizou na televisão para assistir ao Brasil viu a Seleção encontrar dificuldades para construir o jogo nos minutos iniciais. Além de precisar conter os avanços dos mandantes, a equipe de Dorival Júnior esbarrou na marcação adversária e na falta de eficiência. Logo antes dos 10 minutos, Raphinha desperdiçou na primeira chegada no jogo.
Os encaixes dos venezuelanos condicionaram os brasileiros a forçar bolas longas para aproveitar a velocidade dos pontas nos espaços deixados pela primeira linha defensiva. A situação melhorou de vez ao longo da primeira etapa, quando a Seleção conseguiu ter mais o controle da posse. Junto a isso, as participações de Raphinha e Vini Jr. na partida geraram os momentos mais perigosos.
As chegadas, no entanto, não significaram um adversário inerte dentro de campo. A Venezuela abaixou o bloco para explorar os contra-ataques, estratégia montada por Leandro Cufré que se mostrou acertada, já que a Vinho Tinto subia com perigo nos momentos de erro do Brasil. A sorte dos visitantes foi sustentada pela baixa eficácia desses ataques.
Na bola rolando, o Brasil não teve o capricho para balançar as redes venezuelanas. Foram uma, duas, três e mais oportunidades, todas sem sucesso. Com o relógio perto de marcar o final do primeiro tempo, a solução foi aproveitar o talento de Raphinha na cobrança de falta. Aos 42 minutos, o novo camisa 10 bateu firme no canto do goleiro e ainda contou com a ajuda da trave antes da bola morrer no fundo do gol.
Na volta do intervalo, apenas uma modificação foi feita pelos técnicos das seleções. O meia Segovia entrou na função de Murillo e não demorou para mostrar o acerto de Leandro Cufré. Antes do relógio marcar um minuto, a Venezuela botou a bola no chão e chegou ao empate. Em jogada iniciada na direita, Savarino recebeu dentro da área e ajeitou para Segovia encher o pé e empatar o confronto com 40 segundos em campo.
Com o gol, a Vinho Tinto cresceu na partida e continuou pressionando o Brasil, principalmente quando forçava a criação de espaços no meio de campo do Brasil. Tal comportamento aconteceu quando um dos volantes brasileiros saía à caça, deixando o companheiro de posição sozinho contra dois meias da Venezuela. O comportamento forçou Dorival a reforçar o meio de campo com a entrada de Paquetá e a saída de Igor Jesus.
Mas antes, em reação à crescente dos mandantes, a Amarelinha ainda teve um pênalti a favor para voltar a liderança no placar. Na cobrança, Vini bateu mal e o goleiro Rafael Romo defendeu. No rebote, o camisa sete pegou com a perna ruim e não aproveitou. Apesar da chance perdida, o jogo do Brasil foi voltando ao jogo.
A melhora, no entanto, não foi suficiente para que a Seleção Brasileira somasse mais que um ponto. Nos minutos finais do confronto, ainda houve tempo para que o lateral Alexander González fosse expulso por agredir Vinícius Júnior com um tapa no rosto.
Venezuela 1 x 1 Brasil – 11ª rodada das Eliminatórias Sul-Americanas
Venezuela: Rafael Romo; Jon Aramburu, Rubén Ramírez, Wilker Ángel e Miguel Navarro; Yangel Herrera (Cásseres), José Martínez (Rincón) e Jefferson Savarino; Salomón Rondón (Cádiz), Eduard Bello (Alexander González) e Jhon Murillo (Segovia). Técnico: Leandro Cufré
Brasil: Ederson; Vanderson, Marquinhos, Gabriel Magalhães e Abner (Estêvão); Bruno Guimarães (Gabriel Martinelli), Gerson e Raphinha; Savinho (Luiz Henrique), Igor Jesus (Lucas Paquetá) e Vinícius Júnior. Técnico: Dorival Júnior.
Local: Estádio Monumental de Maturín
Gols: Raphinha, aos 42 minutos do primeiro tempo; Segovia, ao um minuto do segundo tempo
Cartão amarelo: Vanderson (Brasil); Jhon Murillo, Romo, Cásseres, Segovia (Venezuela)
Cartão vermelho: Alexander González (Venezuela)
Arbitragem: Andres Rojas, auxiliado por David Fuentes e Miguel Roldan (Trio da Colômbia)
VAR: John Perdomo (COL)