Quem foi caminhar, correr ou passear no calçadão do Farol da Barra, famoso ponto turístico de Salvador, reparou de cara uma diferença no espaço nesta sexta-feira (30). É que o calçadão amanheceu repleto de estrelas brancas com o número 13, em referência ao Partido dos Trabalhadores e precisou passar por ação da Limpurb para que as pinturas fossem retiradas.
E não foi só por lá que a situação ocorreu. Omar Gordilho, presidente da Limpurb, informa que pelo menos mais quatro pontos conhecidos da cidade amanheceram da mesma forma. Todos precisaram passar por intervenção dos agentes do órgão, que é responsável por manter a limpeza das ruas da capital baiana.
“Não só o Farol da Barra, como Largo de Roma, Campo Grande, Feira de São Joaquim e Mercado Modelo, todos amanheceram assim. É um crime ao patrimônio público, que viola e degrada as vias de acesso, já que é preciso corrigir esses problemas e isso tem um custo”, fala Gordilho.
De acordo com o auditor fiscal Fernando Mandarino, 70, o Largo de Roma, citado por Gordilho, foi pintado ainda na noite de quinta-feira (29). Ele conta que cerca de 100 pessoas estavam no entorno do largo e chegaram a parar o trânsito para que a tinta aplicada na via secasse antes dos carros passarem.
“Eles estava com uns pedaços de madeira e picharam o chão todo com tinta branca no Largo de Roma. O problema foi a agressão que eles fizeram, parando o trânsito e xingando quem tentava passar. […] Ficaram muito carros parados, nós mesmos ficamos retidos de 20 a 30 minutos”, relata o morador da área.
O Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) foi procurado para responder se a prática é considerada crime eleitoral, se partidos podem ser multados pela ação e como o cidadão poderia denunciar, mas não respondeu até o fechamento desta matéria. Omar Gordilho, porém, reiterou que a prática é crime e fez apelo para que não se repita.
“É uma ação criminosa e a Limpurb teve que limpar todos os lugares. […] Estamos tentando manter a cidade limpa e pedimos, para candidatos e partidos, que respeitem o cidadão soteropolitano e a nossa cidade. Chão e parede não são lugares para propaganda política”, finaliza o presidente da Limpurb.