quinta-feira, 26 dezembro, 2024

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Cerca de quatro mil metros de fios elétricos foram furtados este ano

Cerca de quatro mil metros de cabos da rede elétrica foram furtados nos últimos três meses em Salvador, de acordo com registros da prefeitura. O maior interesse dos infratores é por redes subterrâneas nas grandes avenidas da orla marítima, no período da noite. A ação criminosa causa danos avaliados em R$ 500 mil/ano para o município, devido a gastos extras para reconstituição de materiais elétricos furtados.

No final de março, um homem e uma mulher grávida foram presos por tentar roubar fios de cobre em Ondina. Há cerca de dois meses, um homem caiu na linha do metrô e sofreu queimaduras após tentar roubar o cabeamento elétrico na Estação Tamburugy, na Av. Paralela. Esses casos recentes ilustram um problema de ordem pública e sinalizam a atenção de órgãos competentes para a situação.

A Diretoria de Serviços de Iluminação Pública (Disp), vinculada à Secretária Municipal de Ordem Pública (Semop), informou em nota, que o volume de material furtado nas grandes avenidas resultou no prejuízo de pouco mais de R$ 80 mil aos cofres municipais.

Júnior Magalhães, à frente da Disp, informou que cerca de R$ 50 mil são gastos por mês em obras e materiais para reconstituição dos serviços. Segundo Magalhães, a maioria dos apagões são originados por furtos a fiação elétrica. “Já tivemos caso de um apagão em uma rede de 500 metros na orla. É um problema que acaba envolvendo vários setores. Envolve a sinalização de trânsito, que fica comprometida, a segurança da população com risco de acidentes e de assaltos, além do risco à própria pessoa que comete o furto”, aponta o gestor.

Segundo dados da Disp, o órgão recebe até cinco notificações diárias de danos à fiação, e o número aumenta para oito ocorrências nos finais de semana. A Semop relata que a maior parte dos furtos acontecem à noite, com auxílio de armas brancas e pedras. A maior incidência de furtos ocorre nas grandes avenidas, como Mário Leal Ferreira (Bonocô), Tamburugy (Patamares), Luís Viana Filho (Paralela), Orlando Gomes (Piatã), Via Expressa da Baía de Todos-os-Santos, região da praça da Bíblia (Av. Vasco da Gama) e estações do metrô, como Tamburugy e Mussurunga.

Receptadores

Após o roubo, a fiação é descascada e queimada para ser vendida em ferros-velhos com valor aproximadamente de R$ 10 por quilo de cobre extraído. “Estamos fazendo um mapeamento de locais e pessoas que receptam esse tipo de material”, destaca Magalhães.

Redes subterrâneas são os principais alvos para os furtos. Como medida preventiva, a Disp tem feito o rebaixamento das redes. Durante a reconstrução é cavada uma profundidade maior que a habitual e é forrado com concreto. Ainda assim, acontece a violação do suporte e o ataque a iluminação pública.

Os materiais devolvidos pela polícia costumam estar queimados ou em quantidade menor do que a que foi retirada. “Estamos buscando a parceria entre a Guarda Municipal e a Polícia Civil, pois é importante que esses infratores sejam pegos no ato, só assim poderemos ter o prejuízo minimizados”.

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