quinta-feira, 3 julho, 2025

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Cerimônia no 2º Distrito Naval destaca 2 de Julho

Como parte das celebrações da Independência do Brasil na Bahia, o prefeito Bruno Reis participou da cerimônia cívico-militar, realizada pelo Comando do 2º Distrito Naval, na tarde desta quarta-feira (2), no Comércio. O evento marca o resgate histórico das batalhas pela independência, que também contou com a participação da força naval.

Conduzido pelo comandante do 2º Distrito Naval , vice-almirante Gustavo Calero Garriga Pires, o ato foi acompanhado por diversas autoridades e contou com o hasteamento das bandeiras do Brasil, da Bahia e de Salvador no Forte São Marcelo. Em seguida, foram realizados a execução dos hinos do Brasil e ao 2 de Julho e o toque de ombro, que são tiros de fuzis sobre a Baía de Todos-os-Santos, em memória de todos os combatentes que perderam as próprias vidas nas batalhas marítimas.

“A Marinha realiza esta cerimônia em homenagem a esta data tão importante da nossa história pela consolidação efetiva da nossa independência. O 2 de Julho é muito mais do que a Independência do Brasil na Bahia, é uma data que nos inspira, que nos motiva e encoraja a enfrentar os nossos desafios e que faz com que nela possamos ter a força necessária para realizar os nossos sonhos. É com a Independência do Brasil na Bahia que o baiano vive de forma independente, de forma soberana para ser um povo, que sem sombra de dúvidas, é diferenciado em todo o nosso país”, destacou Bruno Reis.

Heroísmo – A Marinha atuou nas batalhas pela independência empregando bloqueio naval na cidade de Salvador e capturando os navios que proviam o abastecimento das forças portuguesas resistentes, tendo a participação da Flotilha de Itaparica e, posteriormente, da Esquadra Imperial no combate aos inimigos. Um dos nomes lembrados pelas batalhas e revoltas responsáveis pela expulsão da força portuguesa é o do segundo-tenente da Armada Nacional e Imperial, João Francisco de Oliveira, o João das Botas.

Ele foi o responsável pela composição da Flotilha Itaparicana que, durante mais de sete meses, trouxe reveses aos portugueses. João das Botas teve um papel crucial ao enfrentar a nau lusitana, pois ele transformou navios civis em militares. Uma das batalhas mais marcantes ocorreu no dia 7 de janeiro de 1823, quando um grupo de pescadores, marisqueiras e combatentes conseguiu uma das primeiras e mais decisivas vitórias contra os portugueses

“A Flotilha era composta apenas de canhoneiras e saveiros e sua tripulação foi aumentando ao longo da campanha, alcançando um efetivo de quase 800 pessoas. Quando Madeira de Mello se viu cercado por terra, pelo Exército Brasileiro, Forças Policiais e cidadãos baianos, e pressionado no mar pela Esquadra Brasileira comandada por lorde Thomas Cochrane, primeiro almirante da Armada Nacional e Imperial, e pela Flotilha de Itaparica, abandonou o Brasil rumo a Portugal. As batalhas e revoltas que culminaram no 2 de Julho marcaram a união de todo o povo baiano e forças militares em prol da liberdade”, relembrou o comandante do 2º Distrito Naval.

Fotos: Betto Jr./Secom PMS
Reportagem: Nilson Marinho e Priscila Machado/Secom PMS

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