Em agosto de 2025, a Cesta Básica de Salvador calculada pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) ficou em R$ 581,58, uma redução de 3,20% (R$ 19,22) em relação a julho. O levantamento foi feito com 3.574 cotações coletadas em 96 estabelecimentos da cidade, entre supermercados, açougues, padarias e feiras livres.
Houve uma redução em 17 dos 25 produtos da Cesta Básica de Salvador: cebola (-22,59%), tomate (-20,96%), frango (-13,02%), batata inglesa (-11,20%), ovos de galinha (-9,02%), flocão de milho (-7,69%), café moído (-6,63%), arroz (-5,37%), açúcar cristal (-4,47%), queijo prato (-4,08%), maçã (-3,12%), farinha de mandioca (-2,24%), queijo muçarela (-1,53%), feijão (-1,00%), carne de segunda (-0,85%), pão francês (-0,34%) e a manteiga (-0,21%). E oito produtos apresentaram aumento: cenoura (19,81%), carne de sertão (5,25%), linguiça calabresa (2,66%), banana-prata (1,87%), óleo de soja (1,84%), carne de primeira (1,26%), macarrão (0,86%) e o leite (0,70%).
Fatores climáticos e a baixa procura de alguns produtos refletem na queda dos preços, como explica o economista da Pesquisa de Preços ao Consumidor da SEI, Denilson Lima. “O clima, a baixa procura por alguns produtos e o aumento da oferta de outros gêneros alimentícios contribuíram positivamente para reduzir os preços de dezessete dos 25 produtos que compõem a Cesta Básica”.
De acordo com o economista, o preço da cebola caiu por causa do elevado nível da oferta em todo o Brasil, ja que, estados que são grandes produtores como Santa Catarina, Bahia, São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Pernambuco estão colhendo uma boa safra e inundando os mercados de todo o país.
Oferta e produtores
A SEI ouviu produtores da região. Um agricultor de Irecê informou que a saca de 20 kg da cebola estava cerca de R$ 25 em agosto e deve permanecer abaixo de R$ 30 até meados de setembro. A abundância no campo beneficia o consumidor e reduz a renda dos produtores, segundo relatos recolhidos pela pesquisa.
Entre os 25 produtos que compõem a Cesta Básica do soteropolitano, o subconjunto dos ingredientes relativos ao almoço -composto por feijão, arroz, carnes, farinha de mandioca, tomate e cebola – apresentou redução de 5,71% e foi responsável por 33,67% do valor da cesta. O subgrupo de gêneros alimentícios próprios da refeição matinal – formado por café, leite, açúcar, pão, manteiga, queijos e flocão de milho – apresentou uma redução de 1,44% e foi responsável por 35,74% do valor da cesta no mês de agosto de 2025.
Poder de compra
Em agosto, um trabalhador soteropolitano precisava trabalhar 91 horas e 7 minutos para adquirir a cesta básica. Esse tempo corresponde a 41,42% do salário mínimo líquido de R$ 1.404,15, já descontada a contribuição previdenciária de 7,5%.