quinta-feira, 20 novembro, 2025

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Cinco hábitos para preservar a massa muscular na terceira idade e fortalecer o corpo

Subir escadas, carregar compras ou até se levantar de uma cadeira pode parecer simples, mas essas ações se tornam desafiadoras quando há perda de massa muscular, uma condição comum com o avanço da idade. Segundo a Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), o Brasil já soma mais de 28 milhões de idosos, e entre 15% e 17% deles apresentam sarcopenia, termo médico para essa perda de força e tecido muscular. Entre os mais longevos, a taxa pode dobrar.

A condição não afeta apenas a mobilidade, mas também aumenta o risco de quedas e fraturas, uma das principais causas de hospitalizações entre idosos. Para o educador físico e personal trainer Anderson Téu cuidar da musculatura é essencial para envelhecer com qualidade de vida.

“Quando o idoso preserva a resistência dos músculos, ele não só mantém autonomia nas atividades, como também reduz a dependência e melhora a autoestima. Muitos deixam de praticar exercícios por medo de se machucar, mas o maior risco está justamente na inatividade. Treinar de forma orientada é o que garante segurança e vitalidade”, destaca.

Treinos que fazem diferença

O especialista recomenda apostar em treinos de vigor, equilíbrio e atividades aeróbicas leves. “Movimentos como levantar e sentar da cadeira sem apoio, flexões adaptadas na parede ou o uso de elásticos ativam grandes grupos musculares e podem ser feitos em casa”, explica Téu. Segundo ele, práticas regulares aumentam a estabilidade corporal e ajudam a evitar quedas.

Além da força, o equilíbrio também precisa ser treinado. “Músculo forte não é suficiente se o corpo carece de controle. Caminhar em linha reta ou sustentar o corpo em um pé só melhora a estabilidade e reduz o risco de fraturas”, afirma o personal.

Rotina e cuidados

Caminhar, pedalar ou dançar são atividades simples e prazerosas. “O objetivo não é exaustão, e sim constância. Trinta minutos, cinco vezes por semana, já bastam para fortalecer o coração, aumentar a disposição e potencializar os resultados”, orienta.

O alongamento também deve entrar na rotina. “Alongar a coluna, os ombros e as pernas por dez minutos diários mantém a mobilidade e facilita tarefas básicas. Além disso, prepara o corpo e reduz o risco de lesões”, acrescenta.

Respeitar os limites é fundamental

Anderson alerta que o corpo do idoso precisa de mais tempo para se recuperar. “Não adianta treinar pesado todos os dias, porque a fadiga pode gerar dor crônica e desmotivação. O ideal é alternar os grupos musculares e respeitar os intervalos entre as séries. Com planejamento e disciplina, os ganhos são mais consistentes”, explica.

Entre os exercícios simples que fortalecem o corpo estão o levantamento da cadeira sem apoio, a prancha adaptada, a ponte de glúteo e a marcha estacionária, que trabalham força, equilíbrio e coordenação.

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