sábado, 27 julho, 2024

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Circo Picolino lança projeto que reúne oficinas, gastronomia e música

“Respeitável público! Atenção! Vai começar o maior espetáculo da Terra! O circo já chegou…”. Palhaços entram dando cambalhotas, o mágico tira coelhos da cartola, homens voam em trapézios. Provas de superação humana e brincadeiras de gente grande. O universo do circo é incrível, desde o seu surgimento. É um mundo tão significativo que possui até data comemorativa: 27 de março – Dia Nacional do Circo. Sendo assim, no mês de sua festa, abram-se as cortinas!

O Circo Picolino, que está desde 1985 em atividade, nasceu como Escola Picolino de Artes do Circo, e seu objetivo inicial era ser uma escola particular direcionada ao público que frequentava os espetáculos – ainda que desde seu início venha realizando trabalhos em parceria com a Prefeitura, apoiando crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social. A Picolino foi a primeira escola de circo da Bahia e do Nordeste.

Quase 33 anos depois, a Picolino lança nesta quinta-feira, 1º, a Cidade Picolino, um conjunto de ações desenvolvidas em prol da cultura circense, no espaço do Circo Picolino, em Pituaçu.

O Circo se torna Cidade, acolhendo a comunidade e expandindo suas ações. Aulas, espetáculos, eventos musicais, economia solidária, treinamentos e difusão de informações e a Universidade Livre de Artes do Circo são as atividades que acontecerão na Cidade Picolino durante este mês de março.

“A Cidade Picolino é uma ideia antiga que há alguns anos estamos trabalhando na possibilidade. Uma cidade onde acontece de tudo. Temos uma escola, restaurantes, bares, cinemas, dança, música. Uma cidade das artes” conta Anselmo Serrat, um dos fundadores do Circo Picolino.

Coletivo Circo Dá Samba

As atividades no Circo Picolino começam hoje, às 19h, com o Coletivo Pede Passagem e Abre os Caminhos, formado por Sandra Simões, Jonga Lima, Tito Bahiense e o grupo Menos Um no Quarteto, membros do Coletivo Circo Dá Samba, que em 2018 completa 10 anos.

Seu Jorge e Luiz Fernando Guimarães já foram assistir a apresentações do Coletivo Circo Dá Samba. No palco eles também receberam artistas como Mariene de Castro, Lazzo, Roberto Mendes, Elza Soares.

“No começo íamos nos apresentando nas terças-feiras para 30 a 50 pessoas, o público não parava de crescer ao ponto de cominar as terças com mil pessoas e fechar a bilheteria porque não tínhamos mais condições de receber ninguém”, lembra Jonga Lima, idealizador do coletivo.

Hoje Jonga apresenta e produz um programa de samba na Rádio Educadora FM e sua parceria com a Picolino já dura há mais de 20 anos.

“Fomos convidados por Anselmo para nos reencontrarmos. Eu e todos do Coletivo. Vai ser a primeira vez que nos reencontramos depois daquelas terças-feiras memoráveis. Tenho certeza que o dia de hoje será bem marcante” afirma o sambista. “O Circo Picolino tem todo o meu carinho, é um cartão postal de Salvador. Eu não sei enxergar Salvador sem a presença e sem a história do Circo Picolino”, finaliza.

O evento possui apoio do programa Brasil Pandeiro (Rádio Educadora FM 107,5). Os ingressos promocionais são R$20 com venda pela internet.

Universidade Livre de Artes do Circo

Ainda na noite de hoje, a Universidade Livre de Artes do Circo será apresentada ao público. Com início das inscrições a partir de hoje e processos seletivos entre os dias 26 e 30 de março, as inscrições podem ser feitas no Circo em horário comercial, e custam R$ 200.

A Universidade Livre de Artes do Circo emerge em meio ao fluxo de mais de trinta anos de trabalho desenvolvido pelo Circo Picolino em Arte, Educação e Cultura da Bahia para o mundo. Segundo Apoena Serrat, organizadora da universidade e filha de Anselmo, a ideia da universidade surgiu num encontro dela com o pai, que a convidou para desenvolver um trabalho audiovisual no curso de circo que a Picolino estaria realizando neste ano de 2018.

Apoena é cineasta, atriz, roteirista e artista de circo. Ela trabalhou por anos com o ensino superior em universidades como docente e como coordenadora de curso, além de ter a formação como atriz na Universidade Livre do Teatro Vila Velha.

“Fiz ao Anselmo uma provocação de desenvolvermos a Universidade Livre de Artes do Circo com o objetivo de ampliar a produção de conhecimentos, que integra saberes ancestrais da arte circense articulados aos saberes locais e globais”, conta Apoena.

O Fino e o Procurado

No sábado, as festividades estarão apenas começando. Começando cedo, a partir das 15h, acontece o Esquema do Fino e do Procurado, um evento com música, gastronomia, feirinha, tatuagem, espaço infantil e shows de Mosiah, Forró no Kilo e Jonga Lima. Os ingressos são R$20 e estão a venda pelo site Sympla.

Anselmo afirma que está será a primeira experiência do projeto como uma cidade de verdade. “A cidade vai estar funcionando de forma completa. Uma grande feira da cidade, com banda de forró e gastronomia”.

Para o dia 11 tem mais forró. Dentro das lonas do Circo Picolino acontece a a festa Particulino a Beira Mar. Forró com sanfona, zabumba, triangulo e a promessa de muita animação, das 16 as 21 horas. O ingresso individual é R$7 e a casadinha é R$10, a venda na entrada do evento.

Dia Nacional do Circo

O Dia Nacional do Circo, comemorado no dia 27 de março, não passará em branco se depender do Picolino.

Anselmo Serrat promete uma noite inesquecível, mas cheio de suspense. “Dia 27 ainda é uma surpresa. Não podemos contar ainda. Teremos um mês inteiro programado, mas para o dia 27 só vamos anunciar mais para frente”, conta o fundador do Picolino.

Segundo Anselmo depende de muitos fatores para poder confirmar. Ele ainda está convidado algumas pessoas e negociando outras coisas. “Vai ser um grande evento. Um dia de muita arte. Durante o mês queremos que todos venham para o circo sambar”, finaliza.

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