O crescimento contínuo do número de idosos no Brasil é impulsionado pelo aumento da expectativa de vida que chega a 76,4 anos anos, segundo o Censo Demográfico 2022, realizado pelo Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), publicado no ano passado. Por isso, reforçar a vacinação torna-se essencial para garantir autonomia, vitalidade e longevidade com qualidade.
O epidemiologista José Geraldo Leite Ribeiro, do Grupo Fleury, explica que manter o cartão vacinal atualizado é indispensável em todas as fases da vida, especialmente após os 60 anos.
“Especialmente acima dos 60 anos, elas podem fazer a diferença para uma melhor qualidade de vida, já que esse público é o mais suscetível a doenças infecciosas graves. Além da vacina anual contra gripe, é indispensável imunizar-se com as vacinas pneumocócicas e contra o Vírus Sincicial Respiratório (VSR) para reduzir o risco de pneumonias. Para os maiores de 50 anos, é recomendado vacinar-se contra o herpes-zóster, que pode ter complicações nos idosos. É fundamental manter o cartão vacinal atualizado e verificar se falta algum reforço, como a vacina contra o tétano. E, claro, estar em dia com a imunização contra a COVID-19”, esclarece.
Veja as principais vacinas para o público 60+
-dTpa-Reforço: previne contra difteria, tétano e coqueluche (tipo acelular). A sua aplicação é necessária em todos os idosos que não tenham se imunizado contra o tétano nos últimos 10 anos.
-Herpes-Zóster: protege contra a reativação do vírus da varicela. Além disso, reduz as chances de episódios de neuralgia pós-herpética, que compromete muito a qualidade de vida.
-Vacina Pneumo 20: recomendada em dose única para maiores de 50 anos. Protege contra infecções por pneumococos, inclusive pneumonias.
-Vacina VSR: Após o vírus influenza, os vírus da COVID-19 e VSR são os principais causadores de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Envelhecimento e prevenção
Com o avanço da longevidade no país, especialistas reforçam que políticas públicas e ações de conscientização sobre imunização se tornam ainda mais importantes. A ampliação da oferta de vacinas e a busca ativa por pessoas com atraso no cartão vacinal são estratégias essenciais para reduzir internações e preservar a autonomia dos idosos.