Donos de animais de estimação devem estar atentos às recomendações para preservar a saúde de cães e gatos na quarentena.
Com a pandemia do Covid-19 e a necessidade do isolamento social, os animais de estimação ganharam companhia por mais tempo. Como muitos profissionais estão trabalhando de forma remota, os pets têm ganhado mais atenção e espaço em fotos e vídeos nas redes sociais. No entanto, alguns cuidados são necessários com os animais de estimação, mesmo durante a quarentena.
Outra dúvida frequente está relacionada ao passeio com os animais. A especialista ressalta que o ideal é permanecer em casa. “Para os animais de pequeno porte, o bom é mantê-los em casa, para não correr nenhum risco, inclusive para o dono. No entanto, para os pets maiores, que não têm espaço para caminhar, o dono pode aproveitar a área externa da casa ou às áreas comuns do prédio, evitando contato com outras pessoas e seguindo as recomendações da saúde. No último caso, principalmente para cães que só fazem as necessidades fisiológicas na rua, assim que chegar em casa, é necessário lavar as patas do cão com água e sabão e, secar bem logo em seguida” – completa Aline Quintela.
“Também devemos ficar atento à alimentação dos pets. Com os donos em casa, colocar ração mais vezes ao dia ou dar um pouquinho da comida do almoço para o animal pode ser comum, mas não é o recomendado. A alimentação deve continuar da forma como sempre foi feita, com ração, para manter o pet saudável”, explica.
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), até o momento não há nada que comprove que há risco de os animais transmitirem o COVID-19 para humanos. “Mesmo com a ocorrência esporádica da detecção do vírus COVID-19 em alguns caninos e felinos (Hong Kong, Bélgica e EUA), não se pode falar em transmissão, já que não houve replicação viral nestes casos. Deve-se atentar também para o fato de que cães e gatos são acometidos por outros tipos de Coronavírus: o CCoV, que causa sintomas gastrointestinais em cães e o FCov, que causa peritonite em gatos. Ambos sem nenhum risco para seres humanos”, ressalta a coordenadora de Medicina Veterinária.
