O segundo dia do julgamento sobre a chamada “trama golpista” no Supremo Tribunal Federal terá as sustentações das defesas, entre elas a do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que não comparecerá ao plenário e acompanhará a sessão de casa. Cada defesa terá uma hora para expor seus argumentos e pedir a absolvição dos réus.
De acordo com a reportagem do UOL Notícias, publicada nesta quarta-feira (3), a sessão abre com a fala da defesa do general Augusto Heleno. Na sequência, serão ouvidos os advogados de Jair Bolsonaro, do ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e do ex-ministro da Casa Civil e da Defesa Walter Braga Netto. Conforme informado pela defesa, Jair Bolsonaro permanecerá em prisão domiciliar desde 4 de agosto e não irá ao Supremo por razões de saúde, mas seus advogados rebaterão as manifestações da Procuradoria-Geral da República e da defesa do delator ponto a ponto.
O que a defesa de Bolsonaro alega
Ainda de acordo com o UOL, os advogados classificam a denúncia como “precária e incoerente”, afirmando que houve cerceamento de defesa e que faltam provas para sustentar a condenação. Também questionam a validade da delação do tenente-coronel Mauro Cid, apontado como peça central pela acusação. A defesa aposta ainda na eventual unificação das acusações — tentativa de golpe e abolição violenta do Estado democrático de direito — como mecanismo que poderia reduzir a pena em caso de condenação.
Como foi o primeiro dia
No primeiro dia, o procurador-geral da República, Paulo Gonet, como relator da peça acusatória, afirmou que Bolsonaro teria atuado como líder de uma “organização criminosa” com objetivo de romper a ordem democrática. As defesas buscaram minimizar provas apresentadas e atacar a credibilidade do delator. Apenas um dos réus — o general Paulo Sérgio Nogueira — esteve presente na sessão inicial.