“Não tem como ser maleável e falar de anistia para os terroristas do 8 de janeiro. O incidente de ontem é uma prova disso”, disse Lídice da Mata em um publicação no X
A deputada federal Lídice da Mata (PSB) reforçou sua posição contrária ao Projeto de Lei nº 5064/2022, conhecido como “PL da Anistia”, ao comentar sobre o novo ataque na Praça dos Três Poderes, em Brasília, na quinta-feira (13). A parlamentar alega que não há como “ser maleável” diante de atos contra órgãos da democracia brasileira.
“Não tem como ser maleável e falar de anistia para os terroristas do 8 de janeiro. O incidente de ontem é uma prova disso”, disse Lídice em uma publicação no X, nesta quinta-feira (14).
Na noite de quinta, um homem, identificado como Wanderley Luiz, conhecido como “TiÜ França”, disparou explosivos contra a sede do Supremo Tribunal Federal (STF). Ele morreu após se explodir.
Ex-candidato a vereador pelo Partido Liberal (PL) na cidade do Rio do Sul (SC), Wanderley Luiz usava um aplicativo de mensagens para compartilhar conversas consigo mesmo contra políticos brasileiros. Em uma das mensagens, o ex-candidato chegou a pedir para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-mandatário, Jair Bolsonaro (PL), deixassem a “vida pública”.
PL da Anistia
De autoria do deputado Major Victor Hugo (PL), o PL da Anistia prevê a absolvição a “todos os que tenham participado de manifestações em qualquer lugar do território nacional” cometidos após o segundo turno das eleições de 2022.
Na última semana, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), criou uma comissão especial para debater a anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023, em Brasília. Anteriomente, a proposta tramitava na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Casa, presidida pela deputada Caroline de Toni (PL).
A expectativa é que o PL seja pautado antes do fim do mandato de Lira, que se encerra em fevereiro de 2025. Governistas já se manifestaram contra a proposta.