sexta-feira, 26 julho, 2024

EXPEDIENTE | CONTATO

Dilma compara momento atual do país ao do golpe de 1964

Segundo Dilma Rousseff, houve uma radicalização recente do “golpe” que levou ao seu impeachment

A ex-presidente Dilma Rousseff comparou a situação atual do País à do golpe militar de 1964, em entrevista coletiva a veículos de imprensa estrangeiros, ontem. “Vivemos um tempo muito difícil”, afirmou Dilma aos jornalistas, em evento organizado pelo PT do Rio de Janeiro.

Segundo Dilma Rousseff, houve uma radicalização recente do “golpe” que levou ao seu impeachment. “Acho que nossa elite tem toda capacidade de dar um golpe sozinha. Mas acho que tivemos ajuda do exterior. A história vai mostrar”, declarou Dilma. Durante a coletiva, a ex-presidente disse que era preciso denunciar à imprensa internacional que o Brasil atravessa uma fase de radicalização do golpe e que o assassinato da vereadora do Rio Marielle Franco (PSOL) era um exemplo da radicalização da violência.

Também presente à coletiva, o possível candidato do PT ao governo do Estado do Rio Celso Amorim comparou o atual momento ao do surgimento do fascismo na Europa, citando como exemplo a intervenção federal no Rio. “Onde estava o interventor federal no momento da morte de Marielle Franco? Onde estava o interventor no momento da morte de oito pessoas na Rocinha? E na morte de cinco jovens em Maricá?”, questionou Amorim.

Dilma disse ainda que o PT vai esgotar todas as instâncias judiciais possíveis para ter como candidato o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Presidência da República nas eleições deste ano. “Só temos um plano: Luiz Inácio Lula da Silva. Não tem plano B. Não vamos aceitar que não possamos participar das eleições. Vamos esgotar todas as instâncias”, declarou Dilma em entrevista coletiva a veículos de imprensa estrangeiros. Dilma afirmou que a comitiva do PT que acompanhava o ex-presidente Lula pela região Sul do País foi atacada por milícias. “Milícias armadas, com varas, pedras e chicote”, condenou. A presidente cassada disse ainda que a intervenção federal no Rio é na verdade um projeto político para a eleição, mas garantiu que o candidato do PT vai derrotar o “golpe” e impedir a privatização da Petrobras.

“Na torcida pela saída do Lula, o presidente ilegítimo achou que dava para concorrer”, comentou Dilma. Ela ainda ironizou novos nomes que surgiram no cenário político em meio à corrida eleitoral, dizendo que fazem “política social de auditório”. “Distribuição de casa e carro de auditório?”, questionou.

Arquivos