De acordo com a Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica), aos 2,4 gigawatts de energia gerada na Bahia hoje serão somados outros 3,5 GW até 2020, o que tornará o estado o maior produtor de energia eólica, proveniente dos ventos, do País.
O superintendente de Atração e Desenvolvimento de Negócios da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), órgão do governo do estado, Paulo Roberto Britto Guimarães, afirma que ” o potencial eólico seria suficiente para atender 6 milhões de baianos”.
Esse potencial tende a crescer exponencialmente nos próximos dois anos. Com os novos projetos, a Bahia deve ter uma capacidade de produção de energia gerada pela força dos ventos de aproximadamente 50% do que é produzido pelo sistema controlado pela Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).
Condições favorecem
Dados da SDE mostraram que a Bahia possui 182 projetos nos leilões de energia realizados pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) só em 2017.
Se considerados os contratos privados, o número salta para 237. O município de Sento Sé, a 689 quilômetros de Salvador, é o maior produtor de energia eólica no estado. São 37 parques, entre os que estão em operação e em implantação, que até 2020 gerarão 919,1 MW de energia.
Somando projetos já definidos e parques eólicos em construção, a Bahia terá um volume de realizações maior do que o Rio Grande do Norte, fazendo com que o estado vire referência em energia por vento.. As condições climática e geográfica da região também favorecem este cenário.
Atualmente, a Região Nordeste possui grande capacidade de produção de energia eólica. O Rio Grande do Norte e a Bahia hoje estão em primeiro e segundo lugares no ranking com 135 e 93 parques, respectivamente. Os outros sete estados da concentram, juntos, um total de 884 parques eólicos.