quarta-feira, 10 setembro, 2025

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Estudante é expulso da UnB por gravações não autorizadas e incitação em campus

A Universidade de Brasília (UnB) anunciou, nesta sexta-feira (5), a expulsão do estudante Wilker Leão de Sá, após processo disciplinar que apurou gravações sem consentimento de professores e alunos e a divulgação posterior dos vídeos em tom de deboche. Leão, com mais de 940 mil inscritos no YouTube, estava suspenso desde o ano passado enquanto respondia ao procedimento administrativo. A informação é do repórter Pedro Rafael Vilela, da Agência Brasil.

Em nota, a reitoria informou que houve despacho decisório no âmbito do Processo Disciplinar Discente (PDD) e que o estudante foi “excluído da instituição e está impedido de realizar novos registros de matrícula”. O comunicado acrescenta que cabe recurso e que o ato segue as recomendações do relatório final do PDD e o parecer da Procuradoria Federal junto à UnB.

A apuração apontou duas condutas centrais:

-Gravações em sala de aula sem autorização de professores e colegas
-Divulgação dos conteúdos nas redes sociais em tom de ridicularização e deboche.

Contexto e antecedentes

Wilker Leão frequentava o curso de História da UnB. Ele estava suspenso das aulas desde o ano anterior, enquanto tramitava o PDD. Em abril, Leão e outros militantes convocaram ato na UnB que, segundo relatos, estimulava violência contra estudantes da instituição.

Trecho público

Em vídeo publicado em seu canal, com trecho de audiência sobre o processo, Leão descreveu que cursava História “justamente por ser um dos cursos que a esquerda mais dominou com suas narrativas ideológicas e doutrinárias” e afirmou que “combater isso é o meu principal objetivo dentro da universidade federal”.

Tentativa de contato

A reportagem da Agência Brasil informou que tentou contato com Wilker Leão para obter posicionamento sobre a expulsão. O espaço segue aberto para resposta.

Impacto

A exclusão marca desfecho administrativo para um caso que suscitou debates sobre comportamento em ambientes acadêmicos, limites da liberdade de expressão e proteção à privacidade de docentes e discentes.

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