A Federação das Indústrias do Estado da Bahia (Fieb), o governo do estado e a Petrobras devem se reunir, em duas semanas, para uma nova discussão sobre alternativas para evitar a suspensão das atividades da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (Fafen), unidade mantida pela petrolífera no Polo Industrial de Camaçari.
A ideia é que tanto a Fieb quanto a Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (SDE) apresentem, em detalhes, planos operacionais para o setor que justifiquem a manutenção da unidade em operação.
De acordo com o Sindicato dos Petroleiros (Sindipetro), a chamada “hibernação” da Fafen pela Petrobras já implica a eliminação de 700 postos diretos de trabalho, além do impacto em toda a cadeia produtiva. A fábrica foi a primeira a ser implantada no Polo de Camaçari, desde a fundação, ainda como Polo Petroquímico, em 1971.
A Fafen é responsável na Bahia pela produção anual de 474 mil toneladas de ureia, 474 mil toneladas de amônia e 60 mil toneladas de gás carbônico, além de produzir o agente redutor líquido automotivo (Arla 32). Com o projeto de hibernação da Petrobras, o funcionamento só se daria até o final deste semestre.
Passos
Na última quarta-feira, o governo baiano já havia reunido entidades do setor industrial e sindicatos de trabalhadores para apresentar propostas à estatal na 2ª Reunião da Comissão Técnica das Fafens, realizada em Salvador. A Petrobras quer agora detalhes.
Participaram representantes do Comitê de Fomento Industrial do Polo (Cofic), Sindicato Nacional da Indústria de Pneumáticos (Sinpec) e da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim).