Quase 1 milhão e meio de visualizações no Youtube em 15 horas. O número impressionante foi a marca atingida pelo filme “1964: O Brasil entre armas e livros”, da produtora Brasil Paralelo, que teve seu lançamento na plataforma na noite de ontem. A produção foi censurada pela Cinemark após a sua pré-estréia em várias cidades do país. Em nota, a Cinemark afirmou que a exibição do filme foi “um erro de procedimento” e que não permite conteúdo político-partidário em suas salas de cinema.
A proibição gerou intenso protesto nas redes sociais. Internautas subiram a #1964OBrasilEntreArmasELivros para divulgação do filme no Twitter e apelidaram a empresa de “Cinemarx”, uma referência ao comunista Karl Marx, filósofo disseminador do pensamento revolucionário.
A contradição da Cinemark também foi um ponto levantado pelos internautas. O filme partidário “Lula o Filho do Brasil” foi exibido pela empresa em 2010 sem qualquer restrição. O longa é alvo de investigação da Operação Lava Jato após delação do empreiteiro Marcelo Odebrecht sobre o envolvimento de propina em sua produção.