sexta-feira, 10 outubro, 2025

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Fiscalização é ampliada em Salvador diante do risco de bebidas clandestinas

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) intensificou a fiscalização em bares, restaurantes, supermercados, distribuidoras e outros pontos de venda de bebidas em Salvador. A medida busca prevenir casos de intoxicação por metanol, registrados em outras cidades do Brasil, mas ainda sem ocorrência confirmada na capital baiana.

O alerta surgiu após notificações do Ministério da Saúde sobre o risco de circulação de bebidas alcoólicas clandestinas ou adulteradas. O objetivo, segundo a SMS, é proteger a população e evitar que episódios semelhantes aos registrados em outros estados aconteçam em Salvador.

O metanol é uma substância altamente tóxica, de uso industrial, que quando ingerida em bebidas adulteradas pode provocar náuseas, vômitos, dor de cabeça intensa, visão turva, tontura e, em casos graves, levar à cegueira, insuficiência renal, coma ou até mesmo à morte. Por isso, a SMS orienta a população a não consumir produtos sem rótulo, selo fiscal ou procedência clara.

De acordo com a diretora de Vigilância da Saúde de Salvador, Andréa Salvador, a atenção na compra é fundamental. “Ler o rótulo é um passo importante para verificar se a bebida traz informações básicas, como validade e fabricante. Além disso, é preciso desconfiar de produtos vendidos a preços muito abaixo do mercado, de embalagens improvisadas ou sem lacre de segurança. Esses cuidados simples ajudam a evitar riscos e garantem mais segurança para quem consome”.

A SMS também reforça que qualquer pessoa que apresente sintomas suspeitos após ingestão de bebida alcoólica deve procurar imediatamente um serviço de saúde. Se possível, recomenda-se levar a embalagem do produto consumido para análise. Os profissionais da rede municipal já foram orientados a identificar casos suspeitos precocemente, notificar ocorrências e conduzir o atendimento adequado.

Contexto nacional

Casos de intoxicação por metanol têm sido investigados em diferentes cidades do país, sempre associados ao consumo de bebidas alcoólicas de origem duvidosa. O Ministério da Saúde mantém acompanhamento e repassa informações às secretarias locais para reforçar a vigilância preventiva.

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