No sábado, 40% dos coletivos vão circular nos horários de pico e 30% nos demais. No domingo, só haverá 30% dos coletivos nas ruas. Entre segunda e terça, a proporção vai ser de 80% nos horários de maior demanda e 40% nos outros.
Mais cedo, o secretário Fábio Mota já havia atencipado a possibilidade de redução da frota por conta da escassez do combustível. Os coletivos voltaram a circular na capital baiana na manhã desta quarta, um dia após a população ficar sem o serviço por conta da greve dos rodoviários.
A frota dos coletivos na capital é composta por 2,6 veículos. Conforme o comunicado da Semob, no sábado, a frota de ônibus da cidade será de 50% nos horários de pico e 40% nas demais horas. No domingo, a operação será realizada durante o dia todo com 30% da frota. Na segunda e terça, 80% da frota vai circular nos horários de pico e 40% nos demais.
Segundo a Semob, a previsão é que quando a greve dos caminhoneiros acabar o abastecimento de combustível volte à normalidade e os ônibus retomem a operação normal.
Os caminhoneiros estão em greve há quatro dias e protestam, em todo o país, contra a alta no valor do diesel. Nesta quinta, uma manifestação de trabalhadores da categoria na BR-324, em Salvador, deixou o trânsito lento nos dois sentidos da rodovia durante quase todo o dia.
O protesto ocorreu no km-613, na altura do bairro de Valéria. Uma fila da caminhões parados se formou às margens da pista, nos dois lados. Apenas carros e ônibus foram liberados para passagem. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a via foi liberada por volta das 17h.
Outros pontos de rodovias federais e estaduais baianas também registraram bloqueios nesta quinta.
O protesto de caminhoneiros por todo país, por causa do aumento do preço do diesel, está provocando escassez de combustíveis e alta no valor dos alimentos em várias regiões. No sudoeste baiano, o preço do saco da batata chegou a subir 120%.
Em Salvador, parte dos postos já está sem gasolina. Com a escassez, os motoristas correram para os postos em busca de encher os tanques antes que os estoques de combustível acabem. A estimativa do Sindicato do Comércio de Combustíveis, Energias Alternativas e Lojas de Conveniência do Estado (Sindicombustíveis) é que todo o estoque acabe em Salvador na sexta-feira (25) e em 80% dos estabelecimentos das outras regiões do estado.
Em Simões Filho, região metropolitana de Salvador, o Centro de Abastecimento (Ceasa) já sofre os efeitos da greve dos caminhoneiros. Muitos comerciantes da capital também abastecem no local e enfrentam dificuldades na compra de alguns produtos, como uva, goiaba, banana, ovos, batata e maçã.
Em Vitória da Conquista, na região sudoeste da Bahia, o preço do combustível deu um salto. Em alguns estabelecimentos, desde a terça-feira (22), não é possível mais encontrar gasolina, álcool, etanol e diesel e, por conta disso, os estabelecimentos foram fechados.
Nos postos que ainda estão abastecendo, a gasolina é vendida até por R$ 5,50. Até o último final de semana, o preço da gasolina na cidade variava entre R$ 4,63 e R$ 4,69. O Procon em Conquista informou que está fiscalizando os postos e, caso seja comprovada cobrança abusiva, as bombas podem ser lacradas.