Jornalistas que acompanham a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) relatam exposição a condições insalubres e desconfortáveis durante o evento, além de restrições de circulação e, até mesmo, ameaças.
De acordo com relatos de profissionais da imprensa que acompanham o evento, correspondentes de sites e jornais estrangeiros abandonaram a cobertura.
O repórter Vicente Nunes, do Correio Brasiliense twitou: “Quando chegaram aos ‘chiqueiros’ nos quais foram confinados, jornalistas foram avisados: não pulem as cordas, se pularem, levam tiro. A que ponto chegamos. E tem gente que defende esse tipo de tratamento autoritário”.
Os profissionais ainda se queixaram de acesso restrito a água e banheiro, além de ter alimentos jogados no lixo durante revista no Palácio do Planalto, sob alegação de questões relativas a segurança.
De acordo com os profissionais que acompanham o evento, apenas os jornalistas de veículos que apoiam o presidente eleito teriam livre circulação na Esplanada e na Praça dos Três Poderes.
A repórter Amanda Audi, que postou a foto que ilustra a presente matéria relatou: “No Congresso: jornalistas assistiam o trajeto do pres. eleito até a Esplanada num telão. Alguém da organização mudou o canal p/ TV Câmara, que não estava transmitindo, e disse que ñ podia ser outro canal. Bate-boca. ‘Não podemos nem saber o que está acontecendo?’”
Amanda Audi
Não se trata cachorro como os jornalistas são tratados na posse de Bolsonaro. Não tem água, precisa de autorização pra ir ao banheiro, não pode circular pra lugar nenhum, jornada de 14 horas, fomos revistados duas vezes e nos alertaram que há risco de levar bala dos atiradores