quarta-feira, 23 abril, 2025

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Jornalistas relatam ameaças e têm circulação restrita na posse de Bolsonaro

Jornalistas que acompanham a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) relatam exposição a condições insalubres e desconfortáveis durante o evento, além de restrições de circulação e, até mesmo, ameaças.

De acordo com relatos de profissionais da imprensa que acompanham o evento, correspondentes de sites e jornais estrangeiros abandonaram a cobertura.

O repórter Vicente Nunes, do Correio Brasiliense twitou: “Quando chegaram aos ‘chiqueiros’ nos quais foram confinados, jornalistas foram avisados: não pulem as cordas, se pularem, levam tiro. A que ponto chegamos. E tem gente que defende esse tipo de tratamento autoritário”.

Os profissionais ainda se queixaram de acesso restrito a água e banheiro, além de ter alimentos jogados no lixo durante revista no Palácio do Planalto, sob alegação de questões relativas a segurança.

De acordo com os profissionais que acompanham o evento, apenas os jornalistas de veículos que apoiam o presidente eleito teriam livre circulação na Esplanada e na Praça dos Três Poderes.

A repórter Amanda Audi, que postou a foto que ilustra a presente matéria relatou: “No Congresso: jornalistas assistiam o trajeto do pres. eleito até a Esplanada num telão. Alguém da organização mudou o canal p/ TV Câmara, que não estava transmitindo, e disse que ñ podia ser outro canal. Bate-boca. ‘Não podemos nem saber o que está acontecendo?’”

Amanda Audi

 

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