Novo ministério terá como missão ‘coordenar e promover a integração da segurança pública em todo o território nacional em cooperação com os demais entes federativos’.
Medida Provisória que cria Ministério Extraordinário da Segurança Pública foi publicada no Diário Oficial da União. Raul Jungmann, que deixará a Defesa, tomará posse nesta terça-feira (27) em cerimônia no Palácio do Planalto.
Segundo a Presidência, o novo ministério terá como missão “coordenar e promover a integração da segurança pública em todo o território nacional em cooperação com os demais entes federativos”.
O Ministério da Segurança Pública será responsável, por exemplo, pela Polícia Federal e pela Polícia Rodoviária Federal, atualmente sob o comando do Ministério da Justiça.
O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), os conselhos de Segurança Pública e de Política Criminal e Penitenciária, além da Secretaria Nacional de Segurança Pública, também migrarão para o novo ministério.
Por se tratar de uma MP, o ato de criação do ministério já passa a valer como lei com a publicação no “Diário Oficial”.
A partir daí, o Congresso Nacional terá até 120 dias para aprovar, rejeitar ou até mesmo modificar a medida provisória. Se o texto não for analisado nesse prazo, a MP perderá validade.
Repercussão
A criação do ministério gerou repercussão entre as entidades que representam delegados e agentes da PF.
A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF), por exemplo, divulgou nota nesta segunda na qual avaliou que a criação do novo Ministério da Segurança Pública “pode ser prejudicial”.
A Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef), por outro lado, disse ver a medida com “otimismo”.
Novo Ministro da Justiça
Com a ida de Jungmann para a pasta da Segurança Pública, o general de Exército Joaquim Silva e Luna assume interinamente o Ministério da Defesa. Sua nomeação também foi publicada nesta terça, no Diário Oficial União.
Silva e Luna é o primeiro militar a chefiar a pasta desde a criação, em 1999.
Em 2013, o general foi condenado pelo Tribunal de Contas da União (TCU) por irregularidades em um convênio autorizado por ele em 2011, quando era chefe de gabinete do comandante do Exército.