Leandrinho mostrou diante da República Dominicana, se é que isso ainda é preciso, o motivo de ter sido eleito sexto homem da NBA pelo Phoenix Suns e mais tarde ter conquistado o título da liga americana com o Golden State Warriors. No momento decisivo da partida diante da República Dominicana, “The Blur” colocou a bola debaixo do braço, fez uma cesta de três decisiva e ainda pegou um rebote defensivo que praticamente decretou a vitória brasileira. Ao lado de Anderson Varejão, que teve um duplo-duplo, e Yago, foi figura essencial no triunfo por 71 a 63.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2019/0/Y/jhW8tiReqKJIf74eiKsg/leandro.jpg)
Leandrinho ajudou na marcação e fez cesta de três decisiva — Foto: Divulgação/Fiba
Antes da partida no Palacio de los Deportes, Leandrinho já havia falado que a partida não seria um amistoso para o Brasil, que entrou em quadra já classificado para a Copa do Mundo da China. O ala gostaria de usar o jogo como uma preparação para o torneio. E assim foi. A seleção brigou por cada rebote, saiu-se bem em momentos nervosos e apesar do elevado número de erros não forçados e do desperdício de lances livres, venceu. Para Leandro, o duelo já serviu de preparação para um Mundial que será muito difícil.
– Estou muito feliz pela classificação. Conseguimos isso no jogo passado, mas já sabíamos que esse jogo era muito importante para começar a nossa classificação. Foi um jogo muito duro, difícil. A equipe da dominicana é muito dura, mas saímos com a vitória no finalzinho. E aí começa o nosso trabalho para a Copa do Mundo. O nível do Mundial será muito forte. É um grande torneio. Todos os times estão no mesmo nível. Será um Mundial muito difícil. Precisamos dos outros jogadores também. Alguns estão na NBA. O Huertas na Europa. Depois que integrar todo mundo eu acredito que teremos uma equipe muito forte para fazer um grande trabalho nesse Mundial – explicou o jogador.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2019/C/F/uzgD03TgW5Ez3485YiAQ/brazil.jpg)
Seleção brasileira comemora vitória em Santo Domingo — Foto: Divulgação/Fiba
Técnico do Brasil, Aleksandar Petrovic tem o mesmo pensamento. Ele garante que além da vitória, queria usar o duelo contra os dominicanos para tirar dúvidas para a Copa do Mundo. Yago, um dos que ele já garantiu, foi muito bem com 14 pontos e três assistências, jogando por 22 minutos. E Lucas Dias, que não havia ido bem contra Ilhas Virgens, melhorou muito seu rendimento, com 10 pontos e três rebotes.
– Cheguei ao Brasil para fazer um trabalho distinto dos anteriores. E penso que essa partida reflete isso quando não acertamos 14 lances livres, demos 17 rebotes ofensivos, mas controlamos a partida por quase 35 minutos. No fim, igualamos fisicamente, jogamos uma grande defesa, saindo de contra-ataque. E vencemos. Era uma partida a parte da classificação, mas importante porque tinha algumas dúvidas. E essa partida deixou muitas coisas claras. Daqui cinco meses, quando fizer a convocatória com os jogadores da NBA e os demais da Europa, o Brasil terá um bom time para a Copa do Mundo – garantiu o técnico.
Carinho da torcida
Apesar da rivalidade com a República Dominicana, o Brasil foi respeitado demais em Santo Domingo. O time entrou em quadra aplaudido pelas arquibancadas. E quando os nomes de Leandrinho e Varejão foram anunciados, os torcedores ovacionaram ambos. Duas horas antes do duelo, jovens chegaram e ficaram no local onde o ônibus chegava só para garantir uma foto com os dois.
– O dominicano é um povo muito acolhedor, lembra o brasileiro. Gosta de encostar, de pegar. E isso me deixa feliz. Nós temos vitórias, derrotas, lesões, coisas ruins, boas, e essa é uma das coisas que me fazem seguir com essa energia e continuar jogando, encarando de frente todos os problemas. Em 2003 foi assim, no Pan-Americano. Agora de novo. Eu agradeço a eles por esse carinho – contou Varejão.
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_bc8228b6673f488aa253bbcb03c80ec5/internal_photos/bs/2019/m/i/RTiPNaT3K0br6qPxqnsA/varejao-2.jpg)
Varejão tira foto com torcedor horas antes do jogo — Foto: Thierry Gozzer
Leandrinho também comentou sobre o carinho dos torcedores. Ele demorou quase 20 minutos para deixar a quadra tamanha era a volúpia dos dominicanos.
– Me sinto muito feliz de estar aqui. É um país que gosta muito de basquete. A torcida é maravilhosa. O carinho deles é muito legal. É especial para mim. Mas o mais importante foi a vitória e o começo de um trabalho para o Mundial.
