sexta-feira, 10 outubro, 2025

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Lombalgia é a segunda maior causa de consultas médicas no Brasil

A lombalgia, dor localizada na parte inferior das costas, é a segunda principal causa de procura por atendimento médico no Brasil, ficando atrás apenas do resfriado comum. O dado foi destacado durante o 42º Congresso Brasileiro de Reumatologia, realizado em Salvador. Segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, estima-se que entre 65% e 80% da população mundial apresente dor lombar em algum momento da vida.

Na maioria dos casos, a dor tem resolução espontânea, mas cerca de 5% dos pacientes evoluem para o quadro crônico, que pode levar à incapacidade. O reumatologista Bernardo Dultra, da Novaimuno – Terapia Avançada em Saúde, explicou que a lombalgia é multifatorial.

“As causas mais comuns incluem má postura, sedentarismo, sobrecarga física e alterações degenerativas da coluna. Em muitos casos, a dor persiste por mais de três meses, caracterizando a lombalgia crônica, impactando diretamente a qualidade de vida e a capacidade funcional dos pacientes, demandando uma abordagem ainda mais específica e cuidadosa”, disse.

De acordo com o especialista, a faixa etária mais afetada está entre 30 e 50 anos, embora pessoas mais jovens ou idosas também possam ser atingidas, especialmente quando há predisposição genética ou hábitos prejudiciais.

Sintomas e riscos

Os sintomas vão além da dor constante. “Alguns pacientes relatam rigidez ao acordar, dificuldade para ficar muito tempo sentado ou em pé, e até irradiação da dor para as pernas, o que pode indicar comprometimento de nervos”, explicou Dultra. Segundo ele, quando não tratada, a lombalgia pode gerar afastamentos do trabalho e comprometer atividades cotidianas.

Tratamento e prevenção

O especialista destacou que o papel do reumatologista é essencial para o diagnóstico correto e o tratamento adequado. “Nosso objetivo é não só aliviar os sintomas, mas identificar a origem da dor e atuar preventivamente para evitar recidivas. Em casos crônicos, o acompanhamento regular e interdisciplinar é essencial”, acrescentou. Ele orienta que pessoas com dores persistentes procurem avaliação médica o quanto antes.

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