O deputado assumiu o comando do PRB na Bahia no lugar de Tia Eron, que não conseguiu ser reeleita no pleito deste ano.
O deputado federal Marcio Marinho assumiu o comando do PRB na Bahia em lugar de Tia Eron, que não conseguiu ser reeleita no pleito deste ano. Ao voltar à presidência do partido no estado, Marinho deu mais um passo no caminho para ser candidato à sucessão do prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), em 2020. Em entrevista à Rádio Câmara Salvador, o parlamentar afirmou que a mudança no comando do PRB baiano partiu da Executiva nacional da sigla “querendo dar uma repaginada, uma renovada na direção do partido”. “[Tia Eron] fez um excelente trabalho à frente do partido até porque conseguiu ampliar o número de vereadores para 156 no estado da Bahia, 12 vice-prefeitos e 10 prefeitos pelo PRB. Portanto, um trabalho muito fenomenal, muito bacana de ampliação. Então, reassumidos legalmente a direção do partido com o objetivo de dar continuidade e procurar manter o contato com as lideranças do interior e trazendo novas para o partido no estado da Bahia”, declarou.
Sobre a eleição de 2020, Marinho afirmou que não descarta o PRB lançar candidato ao Palácio Thomé de Souza. O próprio já disse que ele, o deputado federal eleito João Roma e Tia Eron são nomes cotados para entrar na corrida eleitoral. Segundo ele, não há um decisão de sua legenda para apoiar o vice-prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), que é considerado o postulante de ACM Neto.
“Todos os partidos têm suas pretensões. Não quero dizer que a gente vai ter uma candidatura a prefeito, mas nós certamente vamos participar efetivamente da discussão política para as eleições de 2020 aqui na cidade de Salvador. Isso é fato A gente respeita o interesse do prefeito de eleger Bruno Reis. É um excelente quadro. É um camarada trabalhador ‘pra caramba’. Tem se dedicado nos últimos a conhecer essa cidade, que é muito complexa. Mas não tem alinhamento. Teve um alinhamento em 2016”, ressaltou. Na eleição de 2008, Marcio Marinho foi candidato a vice-prefeito na chapa de ACM Neto, que acabou derrotada. No pleito de 2012, decidiu ser o postulante ao Palácio Thomé Souza e ficou em quarto lugar, com 121 mil votos, atrás de ACM Neto, Nelson Pelegrino (PT) e Mário Kertész (MDB). O pleito teve segundo turno entre o democrata e o petista, e terminou com a vitória do primeiro.
Sobre o futuro de Tia Eron, Marinho acredita que a deputada voltará à prefeitura de Salvador. “[Ela] não ficará abandonada pelo partido. Pelo contrário, ela tem uma postura que trabalha muito, dedicada e fez um excelente mandato de deputada federal. Fez um trabalho muito bom à frente da secretaria. É um excelente quadro para integrar a estrutura da prefeitura. Eu acredito que, no momento certo, vamos discutir isso. E ela continuará dando sua contribuição na estrutura da prefeitura”, pontuou. O deputado disse que está “muito otimista” com o governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas, para ele, o capitão reformado erra na articulação política com os partidos. “Claro, ele se elegeu sem a ajuda de partidos, mas existe um motivo para que eles existam. Nem todo partido trabalha com esse ‘toma lá dá cá’, que é o que ele luta contra”, disse Marinho.