A médica Ludhmila Hajjar, que foi cotada por Jair Bolsonaro (sem partido) para assumir o Ministério da Saúde e recusou a oferta do presidente, avaliou nesta segunda-feira (15) que o cenário do Brasil durante a pandemia de coronavírus é “bastante sombrio”.
“Cenário no Brasil é bastante sombrio”, disse ela em entrevista à GloboNews. Durante a entrevista, Ludhmila ainda projetou que o número de mortes pela Covid-19 no Brasil vai chegar em 500 mil. Hoje, o país registra 278.229 óbitos e mais de 10 milhões de infectados pelo vírus.
“Penso para isso neste momento, para reduzir as mortes, tem que reduzir a circulação das pessoas, de maneira técnica e respaldada por dados científicos.”
A médica ainda avaliou que o Ministério da Saúde deve orientar equipes médicas sobre a melhor forma de atender pacientes com Covid-19, criando referência nacional de protocolo, criticando a preocupação do governo em discutir o uso de medicamentos sem comprovação de eficácia em casos de coronavírus.
“O Brasil precisa de protocolos, e isso é pra ontem. (…) Nós estamos discutindo azitromicina, ivermectina, cloroquina. É coisa do passado. A ciência já deu essa resposta. (…) Perdeu-se muito tempo na discussão de medicamentos que não funcionam”, disse. “Não dá para esperar dezembro a população ser vacinada.”
Por fim, ela lamentou o rumo que o Brasil tomou e está tomando durante a pandemia. “Infelizmente, imperou quem quer o mal no Brasil”, afirmou. “Meu partido político é a saúde”, concluiu.