Segundo o gestor soteropolitano, os democratas devem decidir o candidato do grupo até o fim do ano.
O prefeito ACM Neto (DEM) comentou a respeito da eleição de 2020. Segundo o gestor soteropolitano, os democratas devem decidir o candidato do grupo até o fim do ano. Paralelamente, partidos da base aliada também estudam lançar nomes próprios em chapas majoritárias. O PSDB é o maior deles e vai decidir se João Gualberto, Tiago Correia ou Paulo Câmara entrarão na corrida pelo Palácio Thomé de Souza. Questionado se a possibilidade de que os tucanos devem lançar candidato próprio interfere no processo, Neto minimiza.
“Nesse momento, todos os partidos têm direito de apresentar as suas postulações. Ainda não me pronunciei sobre o pleito do próximo ano. A minha ideia, como já disse algumas vezes, é chamar esses partidos no fim do ano. Até que nós comecemos a conversar, todos nós temos o direito de começar a apresentar as suas postulações. E depois, vamos sentar, conversar e definir. Aqueles que queiram me acompanhar, seguirão conosco. Aqueles queiram lançar candidatos próprio, não posso mandar no partido dos outros”, disse em coletiva de imprensa na abertura da Convenção Brasileira de Hospitais, na capital baiana.
“Tenho que respeitar inteiramente caso seja essa a decisão. Mas é claro que não há hipótese de haver jogo duplo na minha base. Terei um único caminho, apoiarei um único candidato, pretendo que esse nome seja inclusive anunciado ainda no fim de 2019. Só que até lá, nós temos ainda cinco meses para conversar bastante e costurar junto com os partidos aliados”, completou. Neto diz que o DEM trabalha para crescer nas próximas eleições municipais. “Trabalhamos para isso. Acho que a gente vive um momento muito bom. O DEM hoje está no centro do equilíbrio político brasileiro. E é óbvio que nossa expectativa é que no próximo ano isso possa se reverter em votos”.
Apoio a Bolsonaro?
Neto rebateu o questionamento de uma repórter a respeito do apoio do DEM ao partido Jair Bolsonaro, que tem silenciado diante de posicionamentos extremistas do presidente. “Quem é que está apoiando? Em que posicionamento? Nós apoiamos? Você me viu apoiar? Você viu alguém do partido apoiar? Não estou na base… Isso aí é coisa sua, me perdoe. Você está querendo colocar palavras na boca do presidente nacional do partido. Não vou deixar. Não estou na base”, rebateu.
A repórter questionou se a aproximação com o presidente fragiliza o partido. Neto rebateu. “Que aproximação? De quê? Em hora nenhuma o partido anunciou nenhum apoio formal ao governo exatamente para manter a liberdade de se pronunciar sobre cada ação. Na agenda econômica, é uma agenda do país, não é uma agenda do governo ou do presidente apenas, estamos inteiramente alinhados como foi o caso da Reforma da Previdência, porque o Brasil precisa voltar a crescer para gerar empregos. Agora, no restante, cada um fala por si. Não vou concordar com coisas que não tenham a ver com os nossos princípios e bandeiras. Você está completamente errada. Não existe posição de apoio automático. O partido não integra a base oficial do governo. Agora, a gente quer que o país dê certo. Não vamos trabalhar pelo pior melhor. Esse governo começou há seis meses. Ainda temos muito tempo pela frente. Não vamos fazer aqui um trabalho de ficar boicotando ninguém. Agora, também não vou responder e nem justificar declarações de quem quer que seja no sentido contrário do que a gente pensa. Cada um no seu quadrado”, finalizou.
Na semana passada, durante a inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista, Neto foi o convidado de honra do presidente Jair Bolsonaro. Na ocasião, o chefe do executivo federal fez afagos ao aliado baiano. Chamou-o de “garoto” e mencionou seu avô, o ex-governador da Bahia Antônio Carlos Magalhães. “Te chamo de garoto porque você é muito mais novo do que eu. Lá na frente você ocupará a cadeira honrosa que ocupo”, afirmou, prevendo uma possível vitória presidencial de Neto no futuro.