O Banco Central correu para lançar a nova cédula de R$ 200. Uma das razões era a demanda extraordinária gerada pelo pagamento do auxílio emergencial aos brasileiros mais pobres que, muitas vezes, não têm conta bancária. A cédula foi lançada no fim de julho com a promessa de 450 milhões de unidades com o lobo guará ainda em 2020.A duas semanas da virada do ano, porém, nem 10% do volume prometido chegou ao bolso dos brasileiros. A queda do valor do auxílio emergencial pela metade é apontada como uma das razões para o “encalhe” das notas.
Dados do Banco Central mostram que 43,7 milhões de cédulas de R$ 200 circulavam na economia na sexta-feira (11). O volume equivale a 9,7% do prometido pelo BC.
Assim que o auxílio foi lançado, a máquina de imprimir dinheiro trabalhou freneticamente, e o número de cédulas na economia saltou em 26% entre março e setembro.
Foram colocadas em circulação mais de 1,7 bilhão de novas cédulas, principalmente de R$ 100 e R$ 50, mas era preciso mais. Então, o BC decidiu lançar uma nota com maior valor. Assim, seria possível pagar o auxílio –que na época era de R$ 600– em apenas três cédulas, e não mais em seis notas de R$ 100 ou uma dúzia de R$ 50.
Além disso, mais brasileiros aprenderam a usar o aplicativo da Caixa Econômica Federal com o tempo, o que permite gastar o auxílio sem precisar sacar o valor. Esses dois fatores são apontados pelo setor bancário como as razões para esse “encalhe” das cédulas.