Veja algumas etapas importantes para quem está interessado neste tipo de negócio
Boa oportunidade para quem deseja abrir um negócio próprio, o movimento de Food Truck segue em alta no Brasil. O conceito de se inserir no ramo da alimentação fora de casa de forma inovadora começou a ganhar força no início de 2014, inicialmente em São Paulo, e logo se expandiu por outros estados brasileiros. Em 2014, segundo dados do Ibope Inteligência, o segmento movimentou cerca de R$ 140 bilhões, o que comprova o crescimento e a aposta que muitos empreendedores ou potenciais empreendedores têm feito no ramo desde então.
Em Salvador, a atividade dos food trucks foi regulamentada em dezembro de 2015. Apesar disso, ela está limitada. Em contato com o iBahia, a Secretaria Municipal de Ordem Pública (SEMOP), disse que não está licenciando food trucks no momento. De acordo com o órgão, a regulamentação não está em vigor e o funcionamento restrito aos eventos que são autorizados pela prefeitura, como feiras, exposições e shows.
Mesmo assim, a demanda para iniciar neste segmento é grande. Mas o que é preciso para começar? Neste contexto, o iBahia listou abaixo algumas etapas importantes para quem está interessado neste tipo de negócio.
1 – Ideia e tipo de cliente
Antes mesmo de partir para a escolha do veículo, é preciso definir que tipo de negócio você deseja abrir e qual é o seu público alvo. É importante pesquisar e deixar o cardápio bem alinhado com os clientes que o seu truck quer atingir. Estudos de hábitos de consumo, horários em que essas pessoas comem e poder aquisitivo podem ajudar nessa etapa inicial.
2 – Investimento
O investimento pode variar de R$ 50 mil a R$ 70 mil, a depender dos equipamentos e tecnologia utilizadas. No momento de planejar, o empreendedor deve prever que tipo de comida ou bebida serão comercializados, como dito no primeiro item, quais equipamentos serão necessários dentro veículo e possíveis adaptações para o seu negócio, além da parte elétrica e hidráulica do caminhão, customização e divulgação da marca.
3 – Estrutura e equipamentos
Os food trucks podem ser montados em trailers, vans, peruas e em pequenos caminhões. A maioria dos veículos é equipada com fogão e geladeira industrial, compartimento de gás, um tanque e um reservatório para armazenar água com capacidade para 50 litros. Equipamentos opcionais podem ser colocados a depender da demanda do negócio, tais como fornos elétricos e micro-ondas, chapa e fritadeira, vitrine, compartimentos para utensílios.
4 – Exigências
Os proprietários devem regularizar aspectos sanitários, liberação da prefeitura, dos bombeiros e do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran). Modificações no veículo devem ser registradas por meio de laudo do Inmetro.
5 – Divulgação da marca e eventos
Investir no marketing do negócio é fundamental, principalmente o digital. O engajamento com o público através da internet funciona como uma mídia eficiente para a divulgação de food trucks.
A participação em eventos como feiras, exposições e shows podem ser uma opção ao trabalho de rua em pontos fixos, apesar do pagamento de taxas de participação. O food truck permite também a presença do negócio em locais privados, como estacionamentos de shoppings e eventos em condomínios.
O trailer é uma boa opção para quem deseja abrir um negócio de food truck. (Foto: Reprodução/Instagram)
Empreendedor dá orientação
Mesmo com funcionamento limitado a eventos, alguns empreendedores decidiram investir nesse ramo. É o caso do empresário Joe Rodrigues, 47, dono do food truck ‘Vem de Chopp’. Responsável por outros negócios, ele conta como foi o processo para entrar no segmento em Salvador.
“Primeiro acho importante identificar qual negócio você quer montar. É necessário se aprofundar no assunto, pesquisar muito para entender o mercado e o público que você deseja atingir. Isso evita ser mais um no mercado. Além disso, ter parceiros é fundamental. Fazer contatos e parcerias ajuda para quem quer começar do zero, torna o processo mais fácil”, disse Joe.
Sobre a regulamentação não estar em vigor na capital baiana, o empresário disse que enfrenta dificuldades no dia a dia. “Não podemos ficar em um ponto fixo e isso acaba prejudicando os donos de truck. É preciso encontrar outras alternativas, como eventos privados em condomínios fechados ou feiras”.