Devido ao desabamento de parte da calçada da orla da Pituba, na avenida Octávio Mangabeira, em Salvador, ciclistas, pedestres e praticantes de corrida, dividem agora, o mesmo espaço na ciclovia, que fica ao lado do trecho que cedeu. O desmoronamento aconteceu na última terça-feira, 27. Não houve feridos.
O tapume que cerca a calçada desloca os transeuntes para a ciclovia. Para alguns, a situação poderia ter sido evitada, se houvesse maior vistoria da prefeitura. Outros, porém, acreditam que foi algo natural, mas alertam para outros pontos da orla que apresentam rachaduras e sinais de desgaste.
“É preciso correr atento para não se acidentar com os ciclistas. Eles também devem ter responsabilidade de diminuir a velocidade e ter mais concentração. Não são apenas os corredores que passam aqui. Famílias com crianças e bebês nos carrinhos também transitam nesse trecho”, adverte o aposentado José Bernardo, 60 anos, que corre diariamente no local.
De acordo com a Defesa Civil (Codesal), o desabamento pode ter sido causado pelo avanço da maré, que causou descalçamento na alvenaria.
Prazo
Em nota, a Superintendência de Obras Públicas (Sucop), órgão responsável pela recuperação da calçada, informou que o prazo para conclusão das obras de reparo é de 90 dias. A Sucop afirmou, ainda, que “o projeto está em andamento para início das obras, e o local está estabilizado”.
Para o ciclista João Paulo, é preciso ter cautela ao percorrer o local. Diminuir a velocidade e, se possível, a depender da situação, descer da bicicleta ao passar pelo trecho, a fim de evitar acidentes.
“É preciso ter cuidado, a ciclovia é estreita. Não somos donos da faixa. A situação poderia ter sido evitada. Qualquer um que percorre este trecho da orla percebe outros dois pontos de risco: um no inicio e outro no final da pista”, aponta João Paulo, 40.
A Codesal orienta a quem identificar rachaduras e outros sinais de risco, que entre em contato com o órgão para que um engenheiro faça a avaliação do local. O número de atendimento da Defesa civil é 3202-4500.
A Sucop informa que outros pontos estão sendo vistoriados, mas até o momento nenhum risco foi identificado.
Com os filhos Cauã Lucas, 6, e o bebê Diego, 7 meses, a professora Maria Silva, 37, conta que quando passa pelo trecho da orla que cedeu a atenção precisa ser maior.
“De repente, vem um ciclista, alguém correndo, além dos outros pedestres. É preciso atenção redobrada, não apenas com o Diego, no carrinho de passeio, mas também com o Lucas, que gosta de ficar correndo”, explica a professora, de olho nas duas direções.
Fonte: Henrique Almeida
*Sob a supervisão do jornalista Luiz Lasserre